As chamadas doutrinas não”‘escritas de Platão:
algumas anotações sobre a historiografia do problema desde as origens até nossos dias
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_18_7Palavras-chave:
Platão, doutrinas não-escritasResumo
O presente artigo se propõe reconstruir a história do problema da transmissão oral do pensamento de Platão. Paralelamente à generosa tradição textual do Autor, há fortes indícios pelos quais teria havido uma linha de transmissão oral, cuja reconstituição filológica é procurada já desde o século XVIII. O artigo tem como objetivo analisar as passagens e testemunhos mais antigos sobre a questão, assim como a posição de comentadores modernos, desenhando os dois grandes modelos historiográficos em relação à s doutrinas não-escritas: de um lado os autores que consideram tanto filologicamente válido atribuir as posições teóricas expressas pelas doutrinas não-escritas a Platão, como também chegam a sugerir que essas constituiriam o autêntico núcleo teórico de sua filosofia, chegando assim necessariamente a relegar os Diálogos para um plano secundário. Do outro lado, outros autores que rejeitam por completo essa pretensão por não reconhecerem validade filológica na tradição textual que referimos. Uma análise resumida das razões da discordância entre as duas interpretações é o objetivo final do presente artigo, que é pensado como a primeira parte, preparatória, de um projeto mais amplo, a ser explorado num segundo artigo, a ser publicado em breve. Esta segunda parte será dedicada à exploração de modelos interpretativos da questão que, partindo de posições intermédias entre as duas interpretações, possa dar conta de uma compreensão mais compreensiva e holística das assim chamadas doutrinas não-escritas de Platão.
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