Deliberação coletiva nas Suplicantes de Eurípides
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_32_22Palavras-chave:
deliberação coletiva, guerra, Eurípides, SuplicantesResumo
Em Suplicantes, uma das mais políticas tragédias de Eurípides, é produzida uma aproximação surpreendente entre o mundo do mito e o do espectador. Embora Teseu, seu protagonista, seja representado como um “rei democrático”, nela não está presente uma cena que possa ser equiparada à experiência da mais típica instituição da democracia ateniense, a deliberação coletiva definidora da assembleia aberta a todos os cidadãos. Todavia, em diferentes momentos do primeiro episódio, chega-se bastante perto. Assim, o objetivo deste texto é discutir como essa tragédia representa formas de deliberação e consenso, para o que se investigam os meandros de dois cenários que levam a uma política de guerra de ataque desenvolvidos no drama, um em Argos, outro, em Atenas.
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