O movimento folclórico brasileiro
uma rítmica de conquistas e fracassos
Mots-clés :
AntropologiaRésumé
Muito embora existentes desde fins do século passado, os estudos de folclore iniciam um período deveras produtivo a partir da década de 40. A eficácia, não apenas institucional como também simbólica, alcançada pelos estudiosos do folclore, principalmente após 1947, foi interpretada por Luiz Rodolfo Vilhena em Projeto e Missão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964, a partir de um “ campo de possibilidades específico” . O Estado Novo havia possibilitado a inserção de vários intelectuais na burocracia estatal. Auto-atribuindo-se um “ papel messiânico na vida nacional” , os intelectuais objetivavam salvaguardar a cultura nacional. Tal preocupação presente no movimento folclórico descrito por Vilhena já estava expressa no grupo modernista quando do surgimento da idéia de patrimônio histórico. Instituído em 1937, o SPHAN (Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tinha como membros intelectuais que se auto atribuíam um sentido missionário (Fonseca 1994, Gonçalves 1997, Rubino 1991, Santos 1992). A busca pela autenticidade das manifestações culturais e da identidade nacional influenciava os intelectuais da primeira metade do século, preocupados que estavam com a preservação da cultura nacional.
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Références
GONÇALVES, José Reginaldo S. 1996. A Retórica da Perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/IPHAN.
RUBINO, Silvana. 1991. As Fachadas da História: os antecedentes, a criação e os trabalhos do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 1937-1986. Campinas: Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Antropologia da UNICAMP.
SANTOS, Mariza Veloso Motta. 1992. O Tecido do Tempo: a idéia de patrimônio cultural no Brasil (1920-1970). Brasília: Tese de Doutorado apresentada ao Departamento de Antropologia da UnB.
TAMASO, Izabela. 1998. “Tratorando" a História: Percepções do conflito na prática da preservação do patrimônio cultural edificado em Espírito Santo do Pinhal. Dissertação de Mestrado, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.
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