Terminologia de parentesco e casamento djeoromitxi

um caso ngawbe na Amazônia?

Auteurs-es

  • Nicole Soares-Pinto

DOI :

https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v41i1.2016/6484

Mots-clés :

djeoromitxi, parentesco, terminologia, cruzamento, aliança

Résumé

Este artigo apresenta um modelo do sistema de parentesco djeoromitxi, povo de língua Macro-Gê habitante do sudoeste amazônico (Terra Indígena Rio Guaporé/Rondônia). Sua descrição incluirá a terminologia, que será relacionada a um tipo de cruzamento e aliança, na medida em que essa terminologia codifica os cônjuges que são preferenciais (aos quais se aplica o termo wirá), mas não correspondem aos primos cruzados. Veremos, assim, que tipo de cruzamento é concernente ao modelo djeoromitxi de parentesco, e quais são as características de seu sistema de aliança.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

COELHO DE SOUZA, Marcela S. 1995. “Da complexidade do elementar: para uma reconsideração do parentesco xinguano”. In: Eduardo Viveiros de Castro (Org.). Antropologia do parentesco: estudos ameríndios. Rio de Janeiro: Editora UFRJ. pp. 121-206.
______. 2002. O traço e o círculo: o conceito de parentesco entre os Jê e seus antropólogos. Tese de Doutorado, Museu Nacional.
______. 2011. “True endogamy or the outcest taboo (for theKÄ©sêdjê): how kinship (under)determines humans”. Trabalho apresentado no Seminário Antropologia da Raposa: Pensando com Roy Wagner, Florianópolis, 8-11 de agosto
FAUSTO, Carlos. 1995. “De primos e sobrinhas: terminologia e aliança entre os Parakanã (Tupi) do Pará”. In: Eduardo Viveiros de Castro (Org.). Antropologia do parentesco: estudos ameríndios. Rio de Janeiro: Editora UFRJ. pp. 61-119.
FORTES, Meyer. 1959. “Descent, filiation and affinity: A rejoinder to Dr. Leach”. Man 59, arts.pp. 309- 331.
______. 1970. Time and social structure and other essays. University of London: The Athlone Press.
GALVÃO, Eduardo. 1960. “Áreas culturais indígenas do Brasil; 1900-1959”. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi,, Nova Série Antropologia, No. 8, Belém, Brasil, 1960. 41 pp., bibliography, 4 maps. n.p.
GUERREIRO Jr., Antônio. 2008. Parentesco e aliança entre os Kalapalo do Alto Xingu. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Carlos.
KAPLAN, Joanna Overing. 1972. “Cognation, endogamy, and teknonymy: the Piaroa example”. Southwestern Journal of Anthropology, 28(3):282-297.
LEA, Vanessa. 1995. “Casa-se do outro lado: um modelo simulado da aliança mebengokre (Jê)”. In: Eduardo Viveiros de Castro (Org.). Antropologia do parentesco: estudos ameríndios. Rio de Janeiro: Editora UFRJ. pp. 321-359.
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1982. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes.
LOUNSBURY, Floyd G. 1964. A formal account of the Crow-and Omaha-type kinship terminologies. In: W. H. Goodenough (Ed.). Explorations in cultural anthropology (essays in honor of George Peter Murdock). New York: McGraw-Hill. pp. 351-393.
MALDI, Denise. 1991. “O complexo cultural do marico: sociedades indígenas do Rio Branco, Colorado e Mequens, afluentes do Médio Guaporé”. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 7(2):209-269.
MURDOCK, George P. 1965. Social structure. New York: Free Press. Publicado originalmente em 1949.
PARKIN, Robert. 1997. Kinship. An Introduction to Basic Concepts. Oxford: Blackwell.
RIBEIRO, Eduardo Rivail & VAN DER VOORT, Hein. 2010. “The inclusion of the Jabutí language family in the Macro-Jê stock”. International Journal of American Linguistics, 76(4):517-750.
RIBEIRO, Michela A. 2008. Dicionário djeoromitxi-português: registro da diversidade lingüística do povo Jabuti. Dissertação de Mestrado, Universidade de Rondônia.
SCHEFFLER, H.W. 1966. “Ancestor worship in anthropology: or, observations on descent and descent groups [and comments reply]”. Current Anthropology, 7(5):541-551.
______. 1985. “Filiation and affiliation”. Man, NS. 20:1-21.
SCHEFFLER, Harold, & Floyd LOUNSBURY. 1971. A Study in Structural Semantics: the Siriono System of Kinship. Englewood Cliffs, NJ.: Prentice-Hall.
SILVA, Márcio. 2008. “A aliança em questão”. In: Rubem Caixeta de Queiroz & Renarde Freire Nobre (Ed.): Lévi-Strauss: leituras brasileiras. Belo Horizonte: Editora UFMG. pp. 301-324.
SOARES-PINTO, Nicole. 2009. Do poder do sangue e da chicha: os Wajuru do Guaporé (Rondônia). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná.
______. 2012. “Nós somos todos misturados: histórias e parentesco Wayoro (Rondônia)”. In: José Pimenta & Maria Inês Smiljanic (Orgs.). Etnologia indígena e indigenismo. Brasília: Positiva. pp. 159- 184.
______. 2014. Entre as teias do Marico: parentes e pajés Djeoromitxi. Tese de Doutorado, Universidade de Brasília.
TRAUTMANN, Thomas & WHITELEY, Peter (orgs.). 2012. Crow-Omaha: new light on a classic problem of kinship analysis. Tucson: The University of Arizona Press.
TAX, Sol. 1955. “Some problems of social organization”. In: Fred Eggan (org.). Social anthropology of North American tribes.Chicago: The University of Chicago Press. pp. 3-32.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1996. “Ambos os três: sobre algumas distinções tipológicas e seu significado estrutural na Teoria do Parentesco”. Anuário Antropológico, 95:9-91.
______. 2002. “O problema da afinidade na Amazônia” In: ______. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify. pp. 87-180.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo & FAUSTO, Carlos. 1993. “La puissance et l’acte: la parenté dans les basses terres Sud-Americaine”. L’Homme, 33(2-4):141-170.
YOUNG, Philip. 1970. “A structural model of Ngawbe marriage”. Ethnology, 9(1):85-95.

Téléchargements

Publié-e

2018-01-30

Comment citer

Soares-Pinto, Nicole. 2018. « Terminologia De Parentesco E Casamento Djeoromitxi: Um Caso Ngawbe Na Amazônia? ». Anuário Antropológico 41 (1):123-51. https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v41i1.2016/6484.

Articles similaires

1 2 3 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.