Colonos e “Muker”
Mots-clés :
Antropologia, Crítica, Antropologia da Sociedade RuralRésumé
Apreciar, criticamente, um trabalho que se declara histórico é, para um antropólogo, uma tarefa difícil porque corre o risco ou de não poder julgá-lo pelo que ele contribuiu para sua área de conhecimento, ou seja, julgá-lo de dentro da Historia e por critérios a ela pertinentes, ou o risco de tender a uma avaliação por parámetros que lhe são alheios e dizem respeito à área em que está acostumado a operar. Ambos os procedimentos deixariam de fazer justiça ao trabalho de Janaína Amado.1 Sem pretender nem um nem outro, optei por pensar Conflito Social no Brasil como um exemplo da cooperação proveitosa entre áreas do conhecimento que, a despeito da rigidez de alguns princípios que as regem, tendem a se combinar quando a finalidade é a compreensão mais aprofundada dos fenômenos estudados. Estanquizar estas áreas seria perder um fértil terreno para a produção científica em geral, para a História, a Antropologia e a Sociologia em particular. Janaína Amado se dá conta disso ao recusar se limitar a uma História formal e ao recorrer a conceitos da Sociologia e Antropologia em seu trabalho. É isto que nos deixa à vontade para falar dele sem a preocupação de estar sendo fiel a esta ou aquela disciplina, mas respeitando os propósitos expressos pela autora. O difícil se torna, assim, agradável.
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(c) Tous droits réservés Anuário Antropológico 1979
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