A doce sedução do ouro de Atahualpa: traições e desacordo sobre a voracidade das lagoas em Cajamarca, Peru
DOI :
https://doi.org/10.4000/aa.10769Mots-clés :
voracidade, mineração, pactos, presaRésumé
As relações entre os camponeses e as lagoas nas comunidades rurais de Cajamarca, norte andino do Peru, são ambíguas. As lagoas que estão situadas no alto das montanhas aparecem como entidades bravas nos relatos das pessoas, contudo, quando as fontes de águas foram ameaçadas por um projeto de mineração, os camponeses as defenderam com as suas próprias vidas. O objetivo aqui é realizar uma análise de narrativas que tratam das lagoas e da metamorfose de humanos quando são seduzidos por elas. Este documento se fundamenta em uma pesquisa etnográfica de campo entre os anos de 2013 e 2014 no povoado rural El Tambo, distrito de Bambamarca, província de Hualgayoc e na cidade de Celendín, província de Celendín. São duas localidades da região de Cajamarca nos Andes do Peru. Além desse período de pesquisa, novos relatos e testemunhos foram coletados em viagens curtas a ambas as localidades entre os anos 2016 e 2020. Algumas categorias articuladas, tais como bravo/manso, doce/salgado, voraz/disciplinado, apresentaram-se como indispensáveis na análise a fim de se chegar a uma compreensão da relação entre a sedução dos seres que habitam as lagoas e o repúdio à voracidade da mineração a céu aberto.
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