As festas do milho krahô
cantando sementes e semeando cantos
DOI:
https://doi.org/10.4000/aa.6573Palabras clave:
Krahô, Cerrado, Milho, Cultivo, Ritual, CantosResumen
O presente artigo é resultado de uma pesquisa colaborativa entre pesquisadores indígenas e não indígenas, cantores e mestres rituais krahô, cujo principal objetivo foi o registro, a documentação e a qualificação de narrativas míticas e pessoais, cantos e performances associados aos rituais do milho. Para além de sua importância alimentar, a etnografia apresentada tematiza o ciclo de vida do milho: desde seu plantio, passando pelo crescimento e pelos resguardos seguidos pelos agricultores, até a colheita. Uma escuta atenta para as histórias e os cantos do milho nos revela uma estreita conexão entre os saberes mítico-rituais, as práticas de cultivo e as experiências sensoriais vivenciadas nas roças pelos agricultores krahô, que articulam uma série de relações e negociações entre os diversos seres humanos e não-humanos que coabitam no Cerrado.
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