Poder, discursos e práticas políticas
processos de mediação em um Centro de Atenção Psicossocial em Araraquara
DOI:
https://doi.org/10.4000/aa.5841Palavras-chave:
CAPS, Mediação cultural, Familiares, Políticas em saúde mentalResumo
Este artigo tem por objetivo analisar os impactos das atuais políticas de saúde mental no Brasil nas práticas e discursos dos chamados familiares de usuários de um serviço de atenção psicossocial. Foi realizada etnografia no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II de Araraquara ”“ interior de São Paulo ”“, com foco nos grupos de familiares e nas reuniões diárias da equipe técnica dos profissionais. Por meio da teoria da mediação cultural de Montero (2005), procura-se entender de que forma o envolvimento com este tipo de serviço de saúde mental produz mudanças nas práticas e discursos dos agentes ali atendidos. Foi observado que a participação na instituição propicia o pensar de relações sociais em termos médicos apor estes familiares, que ressignificam a conduta socialmente indesejável dos usuários como doença mental. Dessa forma, nossos resultados apontam que a participação destes chamados familiares no CAPS II resulta em uma tradução do projeto ético-político da instituição a seus contextos locais, de modo a modificar ou reproduzir suas práticas e discursos de acordo com suas condições de possibilidade e desejos de cuidado.
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