As lentes do pensamento
leituras e apropriações na constituição do campo da antropologia
Palavras-chave:
Lévi-Strauss, Evans-Pritchard, História da AntropologiaResumo
Este artigo explora algumas premissas teóricas subjacentes ao estabelecimento, por parte de dois autores clássicos da antropologia, de diferentes “pais fundadores” da disciplina. Se Evans-Pritchard atribui a paternidade da disciplina à Montesquieu, Lévi-Strauss o faz atribuindo a Rousseau. O artigo procura, assim, analisar como estas diferentes paternidades, ou como o fato de Evans-Pritchard e Lévi-Strauss se apropriarem de diferentes autores iluministas, revelam diferenças entre dois projetos teóricos centrais na história da disciplina: a Antropologia Social Britânica e o Estruturalismo.
Downloads
Métricas
Referências
____________ . 1996 [2000]. “O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir e escrever”. In:
__________ (org.). O trabalho do antropólogo. São Paulo: Editora da UNESP/ Brasília: Paralelo 15. p. 17-36.
CHARTIER, Roger. 1996. “Do livro à leitura” . I n :____________ (org.). Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, p.77-107.
DOSSE, François. 1992 [1994], História do Estruturalismo. São Paulo: Editora Ensaio.
EVANS-PRITCHARD, Edward Ewan. 1940 [1993], Os Nuer: uma descrição do modo de subsistência e das instituições políticas de um povo nilota. São Paulo: Perspectiva.
____________ . 1973 [1981]. “Montesquieu”. In:____________ . História do Pensamento Antropológico. Lisboa: Edições 70. p.41-50.
FELD, Steven. 1982. Sound and sentiment: birds, weeping, poetics and songs in Kaluli expression. Philadelphia: University of Pensylvania Press.
GEERTZ, Clifford. 1967 [1973]. “The Cerebral Savage: on the work o f Claude Lévi-Strauss”. In:____________ . The Interpretation o f Cultures. New York: Basic Books, p.345-359.
GELL, Alfred. 1998. Art and agency: an anthropological theory. Oxford: Clarendon.
GINZBURG, Carlo. 1996. “Estranhamento: pré-história de um procedimento literário” . In:
__________________ . Olhos de Madeira: nove ensaios sobre a distância. São Paulo: Companhia das Letras, p. 15-41.
INGOLD, Tim. 1994. “Humanity and animality” . In:_____________(org.). Companion encyclopedia o f anthropology: humanity, culture and social life. Londres: Routledge. p. 14-32.
KUPER, Adam. 1973 [ 1978]. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves.
KUPER, Hilda. 1984. “Function, history and biography: reflections of fifty years in the
Bristish Anthropological Tradition”. In: George Stocking Jr. (org,). Functionalism historicized: essays on British Social Anthropology. Wisconsin: The University of Wisconsin Press, p. 192-214.
LATOUR, Bruno. 1991 [1994], Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: Editora 34.
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1949a [1995]. “Introdução: História e Etnologia” . In:____________ . Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, p. 13-43.
____________ . 1949b [2004]. Estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes.
____________ . 1950 [2003]. “Introdução à obra de Mareei Mauss” . In: Mareei Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify. 212
____________ . 1952 [ 1996]. “A noção de estrutura em etnologia”. In: Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, p.313-360.
____________ . 1960a [1993], “O que a etnologia deve a Durkheim” . In: Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, p.52-56.
____________ . 1960b [1976]. “Aula Inaugural proferida no Colège de France em 05/01/ 1960” . In: Elogio de la antropologia. Buenos Aires: Caldén. p. 11-41.
____________ . 1962 [1993]. “Jean Jacques Rousseau: fundador das ciências do homem”. In: Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, p.41-51.
MANGUEL, Alberto. 1996 [1997]. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras.
MALINOWSKI, Bronislaw. 1954 [1984], Magia, ciência e religião. Lisboa: Edições 70.
RAMINELLI, Ronald. 1995. Imagens da colonização: as imagens do índio de Caminha a Vieira. São Paulo: Edusp.
SIGAUD, Ligia. 1999a. “Introdução à obra de Edmund Leach”. In: Edmund Leach. Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo: EDUSP.
_____________. 1999b. “As vicissitudes do Ensaio sobre o dom” . Mana. Estudos de Antropologia Social, 5(2), Rio de Janeiro, p.89-123.
TAMBIAH, Stanley Jeyaraja. 1990. Magic, science, religion and the scope o f rationality. Cambridge: Cambridge University Press.
TODOROV, Tzvetan. 1988. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1996 [2002]. “O conceito de sociedade em antropologia". In: A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify. p.295-316.
____________ . 2002. “O nativo relativo”. In: Mana. Estudos de Antropologia Social, 8(1), Rio de Janeiro, p. 113-148.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2007 Anuário Antropológico

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS E DE AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO
ANUÁRIO ANTROPOLÓGICO
ISSN 0102-4302
ISSN ONLINE 2357-738X
Declaro que o mesmo foi apresentado somente ao Anuário Antropológico, periódico do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, e a nenhum outro tipo de publicação (em papel ou eletrônica, no Brasil ou no estrangeiro, em português ou em qualquer outra língua). Além do mais, esse texto não está sendo considerado para publicação em nenhum outro periódico.
Também declaro que autorizo a transferência dos direitos de edição, publicação, distribuição e reprodução ao referido periódico (inclusive dos elementos que possam conter, como fotografias, desenhos, tabelas, ficheiros de dados, etc.). A autorização abrange a edição, publicação, distribuição e reprodução do texto em suporte eletrônico, incluindo a divulgação através de plataformas indexadoras.
Por fim, declaro que reconheço expressamente ter conhecimento das “normas para apresentação e publicação de artigos” do periódico. Inclusive, tenho conhecimento de que todo o conteúdo do Anuário Antropológico está licenciado pelo Creative Commons, tipo CC-BY.