Espíritos brasileiros no Mercosul

Autores

  • Peter Fry

Palavras-chave:

Antropologia, Crítica

Resumo

Melville Herskovits, desbravador do campo que hoje se chama Estudos Afro-Americanos, no seu afa de mapear as influências culturais africanas no Novo Mundo escreveu em 1943 um artigo chamado “The southernmost outposts of New World Africanisms” (Herskovits, 1943). O mais meridional dos africanismos no Novo Mundo em questão era o batuque de Porto Alegre. Pouco imaginava Herskovits, provavelmente, que, sessenta anos mais tarde, esse “africanismo” teria se estendido mais para o sul ainda, alastrando-se em terras onde não havia quase nenhum traço, nem físico nem cultural, dos negros que lá viveram. Estima-se que a população negra de Buenos Aires diminuiu de 30% para 2% ao longo do século XX. Estima-se também que o número de terreiros aumentou de zero para mil na Argentina e para trezentos no Uruguai ao longo dos últimos quarenta anos.

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Referências

DANTAS, B. G. 1988. Vovó Nagô epapai branco: usos e abusos da África no Brasil. Rio de Janeiro: Graal.
HERSKOVITS, M. J. 1943. The southernmost outposts o f new world africanisms. American Anthropologist, n. 45: 495-510.
MAGGIE, Y. 1992. Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Justiça.

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Publicado

2018-02-19

Como Citar

Fry, Peter. 2018. “Espíritos Brasileiros No Mercosul”. Anuário Antropológico 28 (1):427-32. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6896.