“Aún mi cuerpo aloja una lanza de los peces”

troca e predação no noroeste amazônico

Autores

  • Geraldo Andrello

DOI:

https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v42i1.2017/6322

Palavras-chave:

noroeste amazônico, makuna, xamanismo

Resumo

Pienso, luego creo: la teoria makuna del mundo, ganhador do Prêmio Nacional de Antropologia de 2012 na Colômbia e publicado em 2013 pelo Instituto Colombiano de Antropologia e História (ICANH), consiste em uma versão pouco modificada da tese de doutorado de mesmo título defendida por Luis Cayón na Universidade de Brasília em 2010. O longo caminho que levou a este livro merece atenção especial, pois, iniciado em 1995, quando o autor pela primeira vez viajou ao Rio Apapóris para conhecer os Makuna, envolveu outros vários encontros, tão fortuitos quanto significativos, na floresta e em Bogotá. Desses encontros e do intenso trabalho etnográfico, resultou primeiro a tese apresentada no Brasil e depois o livro publicado na Colômbia, uma excepcional monografia cuja densidade e variedade dos materiais explorados faz dela referência obrigatória para os etnólogos que vêm se dedicando aos estudos dos povos indígenas do noroeste amazônico. Antes, portanto, de explorar o formato e conteúdo gerais desse trabalho, que se erguem sobre uma articulação fascinante entre os temas da pessoa, do espaço e do xamanismo, vale uma atenção especial ao contexto no qual ele se originou.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRELLO, Geraldo. 2006. Cidade do índio: transformações e cotidiano em Iauaretê. São Paulo: Editora UNESP/ISA/NuTI.
______. 2010. “Falas, objetos e corpos: autores indígenas no Rio Negro”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 73:5-26.
______. 2016 no prelo. “Nomes, posições e (contra)hierarquia: coletivos em transformação no Rio Negro”. Ilha. Revista de Antropologia Social, 18(2).
ARHEM, Kaj. 1981. Makuna social organization: a study in descent, alliance and the formation of corporate groups in the North-west Amazon. Stockholm: Almqvist and Wiksell International.
______. 1993. “Ecosofia Makuna”. In: F. Correa (ed.). La selva humanizada. Santafé de Bogotá: CEREC. pp. 109-126.
______. 1996. “Cosmic food web: human-nature relatedness in the Northwest Amazon”. In P. Descola and G. Pálsson (eds.). Nature and society: anthropological perspectives. London and New York: Routledge. pp. 185-204.
ARHEM, Kaj; CAYÓN, Luis; ANGULO, Gladys; GARCIA, Maximiliano. 2004. Etnografia makuna: tradiciones, relatos y saberes de la gente de água. Bogotá: Acta Universitatis Gothenburgensis & Instituto Colombiano de Antropologia e História (ICANH).
BUCHILLET, Dominique. 1983. Maladie et mémoire des origines chez les Desana du Uaupés: conceptions de la maladie et de la thérapeutique d’une société amazonienne. Tese de doutorado, Université de Paris-X Nanterre.
______. 1990. “Los poderes del hablar: terapia y agresión chamaníca entre los índios Desana del Vaupes brasilero”. In E. Basso & J. Sherzer (eds.). Las culturas nativas a traves de su discurso. Quito: Abya-Yala/MCAL, Coleção 500 anos.
CABALZAR, Aloisio (Org.). 2010. Manejo do mundo: conhecimentos e práticas dos povos indígenas do Rio Negro, Noroeste amazônico. São Paulo: Instituto Socioambiental; São Gabriel da Cachoeira: Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.
CAYÓN, Luis. 2002. En las aguas de yururuparí: cosmologia y chamanismo makuna. Bogotá: Uniandes.
DESCOLA, Phillipe. 2005. Par delà nature et culture. Paris: Gallimard, Bibliothèque des Sciences Humaines.
GELL, Alfred. 1998. Art and agency. Oxford: Oxford University Press.
HUGH JONES, Christine. 1979. From the Milk River: spatial and temporal processes in North-West Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press.
HUGH JONES, Stephen. 1979. The palm and the pleiades: initiation and cosmology in North-West Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press.
______. 1996. “Shamans, prophets, priests and pastors”. In N. Thomas & C. Humphrey (eds.). Shamanism, history, and the state. Ann Arbor: University of Michigan Press. pp. 32-75.
______. 2009. “Fabricated body: objects and Ancestors in Northwet Amazon”. In F. Santos-Granero (ed.). Occult life of things: Native Amazonian theories of materiality and personhood. Tucson The University of Arizona Press. pp. 33-59.
______. 2010. “Entre l’image et l’écrit: la politique tukano de patrimonialisation en Amazonie”. Cahiers des Amériques Latine, 63-64:195-227.
LOLLI, Pedro. 2010. As redes de trocas rituais dos Yuhupdeh no Igarapé Castanha, através dos benzimentos e das flautas Jurupari. Tese de Doutorado, USP.
REICHEL-DOLMATOFF, Gerardo. 1971. Amazonian Cosmos: the sexual and religious symbolism of the Tukano Indians. Chicago: University of Chicago Press.
______. 1976. “Cosmology as ecological analysis: a view from the rainforest”. Man, 11(3):307-318.
STENGERS, Isabelle. 2011. “The course of tolerance”. In: ______. Comopolitics II. Mineapolis, London: University of Minnesota Press.
STRATHERN, Marilyn. 1988. The gender of the gift: problems with women and problems with society in Melanesia. Berkeley/Los Angeles/London: University of California Press.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. “Perspectivismo e multinaturalismo na Amazônia indígena”. In: ______. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify.
______. 2015. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac & Naify.
WAGNER, Roy. 1981. The invention of culture. Chicago: The University of Chicago Press.

Downloads

Publicado

2018-01-24

Como Citar

Andrello, Geraldo. 2018. “‘Aún Mi Cuerpo Aloja Una Lanza De Los peces’: Troca E predação No Noroeste amazônico”. Anuário Antropológico 42 (1):229-48. https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v42i1.2017/6322.

Edição

Seção

Ensaios bibliográficos

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.