“Onde fica a casa do meu amigo”

agenciamento de objetos no filme de Abbas Kiarostami

Autores

  • Marília Milhomem Moscoso Maia
  • Martina Ahlert

DOI:

https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v42i1.2017/6199

Palavras-chave:

agência, infância, objeto

Resumo

Este artigo discorre sobre o conceito de agência e pensa como um simples objeto, um caderno, orquestra a saga e as ações do personagem Ahmed no filme Onde fica a casa do meu amigo, do diretor iraniano Abbas Kiarostami. Para tal, inspiramo-nos no conceito de cultura de Geertz (2008) para a compreensão do que se considera culturas infantis, e sobretudo em autores como Latour (2012) e Ingold (2005, 2012, 2013), entre outros, para compor as categorias de análise para a investigação desse filme. Além disso, dado o nosso foco de análise ”“ agência ”“, baseamo-nos em autores que investigam a cultura e como estes estudos auxiliam na discussão de uma cultura infantil baseada na interação criança-criança, criançaadulto, criança-objeto e criança-espaço, representada na ficção de Kiarostami. Os objetos assumem um papel central nessa discussão sobre a infância no Irã contemporâneo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARIÈS, Philippe. 1978. História social da criança e da família. 3 ed. Rio de Janeiro: S.A.
BERGALA, Alain. 2008. A hipótese-cinema. Tradução de Mônica Costa Netto e Silvia Pimenta. Rio de Janeiro: Booklink; Cinead-Lise-FE/UFRJ.
COHN, Clarice. 2005. Antropologia da criança. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar.
COUTINHO, Ângela Maria Scalabrin. 2003. “Culturas infantis: conceitos e significados no campo da pesquisa e no cotidiano da educação infantil”. Zero-a-Seis, 5(7):46-56.
FOUCAULT, Michel. 2015. História da sexualidade: a vontade de saber. v. 1. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra.
GEERTZ, Clifford. 2008. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC.
INEZ, Ana Marta Aparecida de Sousa & FARIA, Vitória Líbia Barreto de. 2006. “O balão branco: encontros e encantos pelos cantos da cidade”. In: Inês Assunção de Castro Teixeira, Jorge Larrosa & José de Sousa Miguel Lopes (org.). A infância vai ao cinema. Belo Horizonte: Autêntica. pp. 193-208.
INGOLD, Tim. 2005. “Jornada ao longo de um caminho de vida ”“ mapas, descobridorcaminho e navegação”. Religião e Sociedade, 25(1):76-110.
______. 2012. “Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais”. Horizontes Antropológicos, (37):25-44.
______. 2013. “Making, growing, learning: two lectures presented at UFMG”. Educação em Revista, 29(3):301-323.
KIAROSTAMI, Abbas. 1987. Onde fica a casa do meu amigo? (Khane - ye doust kodjast?). Irã.
LATOUR, Bruno. 2012. Reagregando o social. Salvador: Edufba.
MELEIRO, Alessandra. 2006. O novo cinema iraniano: arte e intervenção social. São Paulo: Escrituras.
MERENCIO, Fabiana Terhaag. 2013. “A imaterialidade do material, a agência dos objetos ou as coisas vivas: a inserção de elementos inanimados na teoria social”. Lepaarq (Laboratório de Antropologia e Arqueologia ”“ UFPel), 10(20):1-22.
OLIVEIRA, Bernardo Jefferson de. 2006. “Cinema e imaginário científico”. História, Ciências, Saúde ”“ Manguinhos, 13(suplemento):133-150.
PIRES, Eloiza Gurgel. 2011. “Cinema e educação: o deslocamento poético do olhar na construção do conhecimento”. Revista Universitária do Audiovisual. Disponível em: http://www.rua.ufscar.br/site/?p=3823. Acesso em: 28/05/2014.
SARRÓ, Ramon. 2009. “La aventura como categoría cultural: apuntes simmelianos sobre la emigración subsaariana”. Revista de Ciências Humanas, 43(2):501-521.
TASSINARI, Antonella. 2009. “Múltiplas infâncias: o que a criança indígena pode ensinar para quem já foi à escola ou a sociedade contra a escola”. Anais do 33º Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu, 26 a 30 de outubro de 2009.
WAGNER, Roy. 2010. A invenção da cultura. São Paulo: Cosaic Naify.

Downloads

Publicado

2018-01-18

Como Citar

Maia, Marília Milhomem Moscoso, e Martina Ahlert. 2018. “‘Onde Fica a Casa Do Meu amigo’: Agenciamento De Objetos No Filme De Abbas Kiarostami”. Anuário Antropológico 42 (1):87-109. https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v42i1.2017/6199.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.