De violencias espectaculares y rutinarias.

La gestión estatal de la maternidad “(in)adecuada”.

Autores

  • Carla Villalta Array

Palavras-chave:

Violência, Maternidade, Economia moral, Separação de crianças de seu ambiente familiar

Resumo

Em março de 2024, uma sentença por sequestro de crianças durante a última ditadura militar argentina (1976-1983) incorporou o conceito de “violência de gênero, violência contra a mulher e parto desumanizado” para condenar, após 48 anos, a pessoa que havia sequestrado uma menina nascida em cativeiro. Neste artigo, utilizo essa importante e nova chave interpretativa que vincula a apropriação de crianças com a violência sofrida por suas mães para refletir sobre as maneiras como são interpretadas e conotadas outras intervenções que se concentram em mulheres pobres e vulneráveis que são separadas de seus filhos e julgadas incapazes de exercer a maternidade. Para isso, analiso uma série de decisões judiciais em que a declaração de adotabilidade das crianças é contestada por suas mães, mas essa medida é ratificada pelos tribunais. Também postulo que essas intervenções burocráticas, que essas mulheres vivenciam como violentas, são eufemizadas e não são consideradas como tal. Portanto, proponho refletir sobre a “economia moral” (Fassin, 2018) presente na invisibilização dessas formas de violência que estão implícitas nas práticas de separação de crianças de seu ambiente familiar.

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Publicado

2025-11-24

Como Citar

Villalta, Carla. 2025. “De Violencias Espectaculares Y Rutinarias. : La gestión Estatal De La Maternidad ‘(in)adecuada’”. Anuário Antropológico 50 (1). https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/59076.