Byung-Chul Han e a antropologia do poder: aportes reflexivos
DOI:
https://doi.org/10.4000/127w6Palavras-chave:
poder, Byung-Chul-Han, etnografia, antropologia do poder, antropologia do contemporaneoResumo
O presente ensaio ocupa-se de uma discussão sobre conceitos de poder, contrastando trabalhos do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han com discussões sobre a temática, no âmbito da antropologia. Dentro dos limites deste artigo, o texto oferece uma revisão mínima das tradições antropológicas de estudo do poder e, em sequência, uma apresentação de temas presentes na obra de Han, especialmente relacionados ao modo como o autor conceitua o poder. Enquanto o filósofo propõe a busca de um conceito móvel, cuja aparência pudesse ser modificada dependendo do movimento de seus aspectos constituintes; em antropologia, estudos em torno do poder associam-se centralmente ao desenvolvimento da etnografia e do estudo de contextos empíricos precisos, nunca tendo constituído um conceito inequívoco de poder. Apesar das diferenças aparentemente irreconciliáveis, busca-se sugerir que o trabalho de Han possa ser incorporado às leituras da antropologia pela possibilidade de rever os lugares atribuídos ao poder em nossas pesquisas, e por sua contribuição potencial aos estudos que se dedicam a questões associadas com as antropologias do contemporâneo e aos eventos críticos que se situam nestes tempos.
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