Como uma cidade materializa a religião: Uma etnografia entre padres, romeiros e aparecidenses
DOI:
https://doi.org/10.4000/aa.11900Palavras-chave:
cidades, santuarios, consumo religioso, catolicismo brasileiroResumo
Este artigo integra o dossiê temático “Religiões e cidades brasileiras, caminhos cruzados” e tem por objetivo analisar antropologicamente como a religião é uma categoria fundamental para o desenvolvimento urbano da cidade paulista de Aparecida. Essa pequena cidade, com uma população de 36 mil habitantes, é famosa por sediar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira católica do Brasil. Por esta razão, tornou-se um dos centros de peregrinação mais prestigiados do país, recebendo mais de dez milhões de peregrinos anualmente. Neste artigo, essa configuração urbana peculiar é explorada etnograficamente a partir de uma pesquisa de campo de longa duração, complementada por notícias, fotografias e entrevistas. O principal argumento do artigo é que a religião é praticada e disputada espacialmente. Isto é, o desenvolvimento urbano está imbricado com o fenômeno religioso e com as diferentes categorias de grupos que fazem a cidade, tais quais os padres, romeiros e aparecidenses.
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