Vidas e (re)existências no território quilombola da Costa da Lagoa
DOI:
https://doi.org/10.4000/aa.6606Palavras-chave:
Comunidade Quilombola da Costa da Lagoa, Território negro, Águas, Existências, DesenvolvimentoResumo
Este artigo analisa processos de luta por (re)existência em um território quilombola que se fundou à s margens da Lagoa Capivari. Através de práticas de conhecimentos locais que remetem a importantes ciclos de vida da coletividade negra, como os batismos “em casa” e as festas de Nossa Senhora de Navegantes, evidenciam-se potentes relações que os quilombolas da Costa da Lagoa mobilizam com as águas e demais seres não-humanos, com os quais partilham de seu território ancestral. O trabalho etnográfico que nos oportunizou conhecer o quilombo da Costa da Lagoa e aprender sobre as dinâmicas abordadas neste trabalho foi elaborado no bojo do processo administrativo de regularização fundiária do território quilombola referido. Assim, os condicionantes de produção da pesquisa sob tal modalidade compõem a reflexão proposta. Observa-se, assim, que na força das águas e dos saberes passados pelos mais antigos, o grupo, em aliança com os não-humanos, vem fazendo frente a projetos e seus aparatos sociotécnicos manejados no intento de transformar o território ancestral em um lugar funcional ao “desenvolvimento” e ao lucro.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Anuário Antropológico
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en
Creative Commons - Atribución- 4.0 Internacional - CC BY 4.0
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en