Transformações antropogênicas, mito, música e os coletivos xamanísticos Ka’apor

experimentações preliminares a caminho de uma etnomusicologia de multiespécies

Autores

  • Hugo Maximino Camarinha

DOI:

https://doi.org/10.4000/aa.6633

Palavras-chave:

Antropoceno, Floresta antrópica, Povo Ka’apor, Xamanismo, Música indígena, Agência não-humana, Etnomusicologia de multiespécies

Resumo

Quando a compulsão humana consegue modificar a paisagem de uma região do planeta ”“ compulsão traduzida pela monomania “agro pop”, pecuária, garimpos/ mineração, extração de madeira etc. ”“ e, por essa razão, o clima é alterado, o antropos pode ser tomado como o único agente geológico responsável pela transformação do clima? Ou ainda: quando determinado conceito acionado pela Ecologia Histórica, em detrimento da agência multiespecífica, desloca a gênese dos ecossistemas florestais para a mão única dos coletivos humanos, essa pode ser considerada outra imposição antropocêntrica? Para os Ka’apor (povo de língua Tupi, da Terra Indígena do Alto Turiaçu ”“ MA), desde suas narrativas ou mitos de criação, pessoas surgiram do tronco de algumas árvores. Implícita a importância concedida por este povo aos seres de caule lenhoso. Afronta colossal quando a “alienação que transforma […] seres em recursos” (Tsing, 2015, p. 20) lhes toma a floresta. Assim, a intenção nesta exposição será mesclar uns poucos enunciados relativos ao “Antropoceno” e à floresta antropogênica e em sequência refletir sobre algumas categorias vigentes na antropologia, com o objetivo de experimentar alguns cruzamentos com a pesquisa deste autor sobre música e xamanismo Ka’apor. Ideias percebidas aqui como um contributo para uma possível etnomusicologia de multiespécies.

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Publicado

2020-09-30

Como Citar

Camarinha, Hugo Maximino. 2020. “Transformações Antropogênicas, Mito, Música E Os Coletivos xamanísticos Ka’apor: Experimentações Preliminares a Caminho De Uma Etnomusicologia De multiespécies”. Anuário Antropológico 45 (3):64-84. https://doi.org/10.4000/aa.6633.

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