Higiene e a reinvenção da dietética
a economia política da vida na medicina luso-brasileira da passagem do século XVIII para o XIX
DOI:
https://doi.org/10.4000/aa.4974Palavras-chave:
Higiene, Dietética, Biopolítica, Vida, Antropologia da saúdeResumo
O objeto do presente artigo é o problema da formação histórica do saber médico da Higiene na sua relação com a nascente economia política e o modo como as técnicas dietéticas tornaram-se um importante instrumento dessa relação. O objetivo é demonstrar como a Higiene confiscou dois conjuntos de saberes, o vitalismo e o neo- hipocratismo, para responder à s demandas da economia política, convertendo-se em uma “tecnologia do sujeito”, que teve na dietética o seu ponto mais importante de ancoragem. Para tanto, analisa alguns documentos médico-filosóficos da virada do século XVIII para o XIX, no âmbito luso-brasileiro. Esse canteiro histórico representa um importante momento para a biopolítica, pois implica seriamente como um elemento na transformação da noção de vida e, principalmente, para o seu desdobramento ético acerca da vida que vale a pena ser vivida.
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