A vida e a morte dos guaiamuns

antropologia nos limites dos manguezais

Autores

  • Pedro Castelo Branco Silveira
  • Rafael Palermo Buti

DOI:

https://doi.org/10.4000/aa.4945

Palavras-chave:

Estudos multiespécies, Manguezais, Territórios pesqueiros, Guaiamum, Cardisoma guanhumi

Resumo

O artigo explora as malhas relacionais da coexistência dos caranguejos conhecidos como guaiamuns (Cardisoma guanhumi) com os grupos humanos que os capturam em manguezais do litoral nordeste do Brasil. Apresenta as fricções na produção de paisagens de manguezal, ligadas a empreendimentos poluidores e aos controles e ordenamentos estatais. A análise posiciona a pesca de guaiamuns em uma diversidade de situações caracterizadas pela noção de limite: guaiamuns na transição entre o mangue e áreas adjacentes, entre a terra e a água, e vazando os limites de áreas protegidas; a vida dos pescadores nos limites da economia informal e da visibilidade política, tendo o mangue como segurança; a situação-limite das condições futuras de existência dos manguezais, dos guaiamuns e dos seus pescadores; e por fim, os limites do Estado em lidar com a diversidade dos modos de existência com criatividade na política ambiental. Articulando tais limites, indicamos necessidade de se imaginarem novas estratégias de assegurar o bem-viver de coletivos multiespécies que conformam os ambientes litorâneos, relacionando tal necessidade com a reivindicação da regulamentação do que as organizações de pescadores têm denominado de territórios pesqueiros.

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Publicado

2020-08-27

Como Citar

Silveira, Pedro Castelo Branco, e Rafael Palermo Buti. 2020. “A Vida E a Morte Dos Guaiamuns: Antropologia Nos Limites Dos Manguezais”. Anuário Antropológico 45 (1):117-48. https://doi.org/10.4000/aa.4945.

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