O BATISMO MÍNIMO: MORTE E POESIA EM HILDA HILST
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v5i1.25523Palavras-chave:
Poesia brasileira. Metáfora. Batismo. Morte. Hilda Hilst.Resumo
Para Octavio Paz (2012), a poesia evoca uma materialização do sentir, do falar e do viver, nutrida que é pela angústia, tensionada pela ausência e, portanto, própria à interrogação sobre a experiência da perda, da transcendência, da efemeridade, e, no limite, da morte. Pautando-nos em conceitos e em elementos constitutivos do gênero lírico (MOISÉS, 2012); na concepção de poesia e poema (PAZ, 1982); na projeção da forma arquitetônica (BAKHTIN, 1998); na natureza da lírica como criadora de complexos de imagens dotados de pathos (CROCE, 2011), tencionamos apresentar uma análise interpretativa do poema intitulado “XXIII”, que integra a obra Da Morte. Odes Mínimas (2003), de Hilda Hilst, identificando os efeitos de sentidos produzidos, a perspectiva, o tom e suas relações com o tema, a partir dos recursos estilísticos presentes no poema. Explorando, principalmente, as metáforas do batismo e da morte. Metáforas responsáveis pela expressão das emoções subjetivas, das condições da alma e do pensamento, dos sentimentos mais profundos do eu lírico, poeticamente elencados e “batizados” por Hilda Hilst.
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Referências
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