MARGINALIA E HIPERTEXTO: O PERSONAGEM COMO CRÍTICO EM S. OU O NAVIO DE TESEU

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v3i2.23539

Palavras-chave:

Literatura Eletrônica; Hipertexto; S.

Resumo

Partindo dos preceitos da literatura eletrônica abordados por Katherine Hayles e Janet H. Murray, objetivamos compreender como um livro literário físico, em toda sua materialidade, pode estar conectado à poética do mundo digital. Para tanto, analisamos a obra S. também conhecida como O Navio de Teseu, de J. J. Abrams e Doug Dorst. O uso desta obra justifica-se por conta de sua temática relativa à construção da identidade, que acaba por trazer à tona diferentes relações com os leitores da obra. Isto acontece por que o ato investigativo sobre a identidade dos autores e dos personagens alça o leitor ao nível de personagem-crítico literário na obra. Fato permitido apenas por conta dos elementos da poética eletrônica incluídos no método da escrita.

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Biografia do Autor

Vítor Castelões Gama, UnB

Doutorando em Literatura e Práticas Sociais pelo Programa de Pós Graduação em Literatura - PósLit - da Universidade de Brasília (UnB). Pesquisa sobre ficção científica brasileira e internacional, literatura fantástica, literatura e outras artes, literatura eletrônica.

Referências

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

GAMA, Vítor Castelões. MARGINALIA E HIPERTEXTO: O PERSONAGEM COMO CRÍTICO EM S. OU O NAVIO DE TESEU. Revista Água Viva, [S. l.], v. 3, n. 2, 2018. DOI: 10.26512/aguaviva.v3i2.23539. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/23539. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiês