MARGINALIA E HIPERTEXTO: O PERSONAGEM COMO CRÍTICO EM S. OU O NAVIO DE TESEU

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v3i2.23539

Palavras-chave:

Literatura Eletrônica; Hipertexto; S.

Resumo

Partindo dos preceitos da literatura eletrônica abordados por Katherine Hayles e Janet H. Murray, objetivamos compreender como um livro literário físico, em toda sua materialidade, pode estar conectado à poética do mundo digital. Para tanto, analisamos a obra S. também conhecida como O Navio de Teseu, de J. J. Abrams e Doug Dorst. O uso desta obra justifica-se por conta de sua temática relativa à construção da identidade, que acaba por trazer à tona diferentes relações com os leitores da obra. Isto acontece por que o ato investigativo sobre a identidade dos autores e dos personagens alça o leitor ao nível de personagem-crítico literário na obra. Fato permitido apenas por conta dos elementos da poética eletrônica incluídos no método da escrita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vítor Castelões Gama, UnB

Doutorando em Literatura e Práticas Sociais pelo Programa de Pós Graduação em Literatura - PósLit - da Universidade de Brasília (UnB). Pesquisa sobre ficção científica brasileira e internacional, literatura fantástica, literatura e outras artes, literatura eletrônica.

Referências

ABRAMS, J. J. The Story of “S”: Talking With J. J. Abrams and Doug Dorst. In: The New Yorker. Entrevista: Joshua Rothman. New York, 23 nov. 2013. Disponível em: <https://www.newyorker.com/books/page-turner/the-story-of-s-talking-with-j-j-abrams-and-doug-dorst> Acesso em: 01 fev. 2018.
____.; DORST, Doug. S. Tradução de Alexandre Martins. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015.
BEIGUELMAN, Giselle. O livro depois do livro. São Paulo: Peirópolis, 2003.
CARRIÈRE, Jean-Claude; ECO, Umberto. Não contem com o fim do livro. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Record, 2010.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução: Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. São Paulo: Editora 34, 1995. (Vol I)
HAYLES, N. K. Literatura eletrônica: novos horizontes para o literário. Trad. Luciana Lhullier e Ricardo Moura Buchweitz. 1ª ed. São Paulo: Global: Fundação Universidade de Passo Fundo, 2009.
JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Tradução: Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2000.
MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas & pós-cinemas. 6 ed. Campinas, SP: Papirus, 2011.
MAJKUT, Paul. Smallest Mimes: defaced representation and media epistemology. Bucharest: Zeta Books, 2014.
MURRAY, Janet H. Hamlet no holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço. Tradução de Elissa Khour Daher e Marcelo Fernandez Cuzziol. São Paulo: Itaú Cultural: Editora Unesp, 2003.
RYAN, Peter. A Esmeralda do Rio Negro. Tradução de Antonio Selvaggi. Rio de Janeiro: Ediouro, 1994.

Downloads

Publicado

2018-12-31

Como Citar

GAMA, Vítor Castelões. MARGINALIA E HIPERTEXTO: O PERSONAGEM COMO CRÍTICO EM S. OU O NAVIO DE TESEU. Revista Água Viva, [S. l.], v. 3, n. 2, 2018. DOI: 10.26512/aguaviva.v3i2.23539. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/23539. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiês