POÉTICAS CONTEMPÔRANEAS: LIRISMO, COLETIVIDADE E RESISTÊNCIA NA POESIA DO RAP
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v4i1.22166Palavras-chave:
Rap nacional. Poesia lírica. Coletividade. Resistência.Resumo
O presente texto discuti o gênero rap sob a perspectiva de poesia lírico-coletiva de resistência. Mais especificamente, levanta a seguinte hipótese, a saber: embora lírica a poesia do rap nacional apresenta um caráter coletivo, periférico e de resistência em sua composição. Sustenta isso, na medida em que é possível entrever uma espécie de transição do eu lírico do rap, que a priori é um eu-individual, para um eu-nós essencialmente coletivo; e é nesse empenho de buscar (com)unidade que reside o seu caráter de resistência. Sustenta ainda que tal poesia atua como instrumento de propagação e valorização das identidades, dos saberes, dos ritos, dos modos de vida e visões de mundo das comunidades que a produz. Isso também firma um lócus de enunciação que tem na periferia o seu próprio centro, referenciando assim a ideia de comunidade. Para tanto, analisa algumas letras de rap a partir de instrumentos teóricos da ciência linguístico-literária.
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