SISTEMAS DE AI NA EXPERIÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL COLOMBIANO

ANÁLISE PROSPECTIVA

Autores

  • Felipe Calderon-Valencia Universidad de Medellin (UdeM) https://orcid.org/0000-0001-7384-7470
  • Juan-Jose Perez-Montoya Universidad de Medellin (UdeM)
  • Fausto Santos de Morais Docente de la Escola de Direito e do Programa de Pós-Graduação Estrito Senso - Mestrado em Direito, da Faculdade Meridional (IMED/Passo Fundo - RS)

DOI:

https://doi.org/10.26512/lstr.v13i1.35614

Palavras-chave:

Sistemas de IA, Victor do Supremo Tribunal Federal Brasileiro, Praetoria do Tribunal Constitucional da Colômbia, Enquadramento ético da IA, Justiça e 4ª Revolução Industrial

Resumo

Objetivo - Analisar prospectivamente a experiência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Constitucional Colombiano (CCC) com Inteligência Artificial (IA). Metodologia - Em termos de metodologia, utilizamos a abordagem qualitativa, onde a técnica de análise de dados é a análise do discurso e a unidade de análise são os documentos e relatórios oficiais relacionados com as tecnologias disruptivas de uso judicial, com destaque para os dedicados a “ Experiência colombiana ”com Pretoria AI. Resultado - Na América Latina, sistemas de IA como Victor e Pretoria são ferramentas capazes de dar suporte a tarefas mecânicas que envolvem síntese e previsão na função judicial dos tribunais superiores do Brasil e da Colômbia, respectivamente. Porém, não são soluções mágicas para combater o congestionamento da justiça, embora sejam uma mudança positiva trazida pela 4ª Revolução Industrial. Os grandes desafios, no entanto, também estão na teoria jurídica por meio de uma estrutura ética para o desenvolvimento, design e operação da IA. Os sistemas que o utilizam em contextos judiciais ainda são uma novidade. Por isso, seu uso pelos tribunais superiores deve ser observado a partir do direito positivo, mas sobretudo da ética, para evitar uma tirania do código que impacta as fontes do direito, impedindo um algoritmo de “decidir” os critérios de aplicação da lei. Os tribunais superiores têm o dever de calibrar e influenciar o seu desenho, estando na vanguarda tecnológica, evitando a sua obsolescência, mas, sobretudo, prevenindo a obsolescência da dignidade humana, do trabalho e do poder de deliberação. Todos esses são elementos necessários para uma versão 4.0 do Estado Social de Direito. Implicações práticas - Promover que o desenho e a programação de Sistemas de IA para uso dos tribunais superiores tenham a participação direta de seus membros, mas dentro de um quadro ético que evite a obsolescência do ser humano, seus valores e seus direitos. Originalidade - Este texto estuda os Sistemas de IA utilizados para resolver certos problemas práticos dos tribunais superiores do Brasil e da Colômbia, analisando não só seu funcionamento, mas também seus possíveis aprimoramentos à luz de teorias às quais a programação e o design devem estar sujeitos. Estado de direito e uma estrutura ética baseada nos direitos humanos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Calderon-Valencia, Universidad de Medellin (UdeM)

Doctor en Derecho de la Universidad Panthéon-Assas, Paris 2 (Francia). Doctor en Derecho de la Universidad de Medellín (Colombia). Magíster en Derecho Público Comparado de la Universidad Panthéon-Assas, Paris 2 (Francia). Magíster en Historia del Derecho de la Universidad Panthéon-Assas, Paris 2 (Francia). Docente-Invistigador de la Universidad de Medellín (Colombia). Co-Presidente de la Sección de Justicia Transicional de la Association de Juristes Franco-Colombiens ”“AJFC. Coordiandor de la línea de Sostenibilidad, Justicia Económica, Derechos Humanos y Empresa de la Clínica Jurídica de Interés Público de la Universidad de Medellín (Colombia). Miembro del Comité del Defensor del Televidente del canal Teleantioquia.

Juan-Jose Perez-Montoya, Universidad de Medellin (UdeM)

Abogado (Universidad de Medelli). Experto en derecho laboral y derecho público.

Fausto Santos de Morais, Docente de la Escola de Direito e do Programa de Pós-Graduação Estrito Senso - Mestrado em Direito, da Faculdade Meridional (IMED/Passo Fundo - RS)

Doctor e Magíster en Direito Público (UNISINOS). Editor jefe da la Revista Brasileira de Direito - Qualis A1. Editor jefe e Consejero Editorial da Editor Executivo da Revista Brasileira de Inteligência Artificial e Direito ”“ RBIAD. Miembro de la Diretoria da Associação Ibero-Americana de Inteligência Artificial e Direito ”“ AID-IA. Docente de la Escola de Direito e do Programa de Pós-Graduação Estrito Senso - Mestrado em Direito, da Faculdade Meridional (IMED/Passo Fundo - RS). Pesquisa com apoio da Fundação IMED. faustosmorais@gmail.com

Referências

AMAT, Y. Corte ahora usa inteligencia artificial para manejar alud de tutelas. El Tiempo, jan. 2020.

ASAMBLEA NACIONAL CONSTITUYENTE. Constitución Política de Colombia -Gaceta Constitucional No. 116 de 20 de julio de 1991ColombiaAlcaldía de Bogotá, , 1991.

ASHLEY, K. D. Artificial Intelligence and Legal Analytics: new tools for law practice in the digital age. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988Brasil, 1988.

CALDERON-VALENCIA, F.; SANTOS DE MORAIS, F. Inteligencia artificial y justicia: Reflexiones a partir de los casos de Brasil y Colombia. In: RAMÃREZ CARVAJAL, D. M. (Ed.). . Justicia digital. Una mirada internacional en época de crisis. 1. ed. Medellín: Editorial Justicia y Proceso, 2020. p. 161”“200.

CEPEJ. European ethical Charter on the use of Artificial Intelligence in judicial systems and their environmen. Strasbourg: [s.n.].

CEVASCO, L.; CORVALÁN, J. G.; LE FEVRE CERVINI, E. M. Inteligencia Artificial y trabajo. Construyendo un nuevo paradigma de empleo. 1. ed. Buenos Aires: Editorial Astrea SRL, 2019.

CONFERENCIA IBEROAMERICANA DE MINISTROS DE ADMINISTRACIÓN PÚBLICA Y REFORMA DEL ESTADO. Carta Iberoamericana de Gobierno Electrónico -Aprobada por la IX Conferencia Iberoamericana de Ministros de Administración Pública y Reforma del Estado Pucón, Chile, 31 de mayo y 1° de junio de 2007ChileCLAD -Centro Iberoamericano de Administración para el Desarrollo, , 2007.

CONGRESSO NACIONAL DO BRASIL. Projeto de Lei 21 de 2020. Estabelece princípios, direitos e deveres para o uso de inteligência artificial no Brasil, e dá outras providências.Brasilia - DF, 2020. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1853928>. Acesso em: 8 dez. 2020

CONSEJERÃA PRESIDENCIAL PARA ASUNTOS ECONÓMICOS Y TRANSFORMACIÓN DIGITAL. Marco Ético para la Inteligencia Artificial en Colombia. Bogotá D.C.: [s.n.].

CONSEJO NACIONAL DE POLÃTICA ECONÓMICA Y SOCIAL. Documento CONPES 3920 de 20182018-Conpes 3920Bogotá D.C., 2018. Disponível em: <https://colaboracion.dnp.gov.co/CDT/Conpes/Económicos/3920.pdf>

CORRALES, M.; FENWICK, M.; HAAPIO, H. (EDS.). Legal Tech, Smart Contracts and Blockchain. Singapore: Springer, 2019.

CORVALÁN, J. G. L’algorithme et les droits de l’Homme. In: DE BOISDEFFRE, M. (Ed.). . Étude annuelle 2017 Puissance publique et plateformes numériques : accompagner l’«ubérisation». Paris: Conseil d État français, 2017. p. 179”“188.

CORVALÁN, J. G. Efficient States Putting Public-Sector Productivity Under the Microscope. Integration and Trade Journal, v. 22, n. 44, p. 238”“247, 2018.

CORVALÁN, J. G. Prometea. Inteligencia artificial para transformar organizaciones públicas. 1. ed. Buenos Aires: Editoria Astrea SRL, 2019.

COTINO HUESO, L. Ética en el diseño para el desarrollo de una Inteligencia Artificial, robótica y Big Data confiables y su utilidad desde el Derecho. Revista Catalana de Dret Públic, n. 58, p. 29”“48, 2019.

CRUZ E TUCCI, J. R. Súmula 343 do STF viabiliza o caminho da ação rescisória.

DATA & SOCIETY RESEARCH INSTITUTE. Event Summary: The Social, Cultural, & Ethical Dimensions of “Big Data”New YorkData & Society Research Institute., , 2014.

DE SIQUEIRA, J. E. El principio Responsabilidad de Hans Jonas . Bioethikos, v. 3, n. 2, p. 171”“193, 2009.

EBERS, M. Regulating AI and Robotics: Ethical and Legal Challenges. In: EBERS, M.; NAVAS, S. (Eds.). . Algorithms and Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2020. p. 37”“98.

ESGUERRA PORTOCARRERO, J. C. La protección constitucional del ciudadano. Bogotá: Legis, 2004.

ESTEVEZ, E.; FILLOTRANI, P.; LINARES LEJARRAGA, S. PROMETEA: Transformando la administración de justicia con herramientas de inteligencia artificial. Washington D.C.: BID, 2020.

FREEMAN, J. The Tyranny of Structurelessness. Berkeley Journal of Sociology, v. 17, p. 151”“164, 1972.

GÓMEZ MONT, C. et al. La inteligencia artificial al servicio del bien social en América Latina y el Caribe: Panorámica regional e instantáneas de doce países. Washington D.C.: fAIr LAC, 2020.

GUTIÉRREZ OSSA, J. A.; FLOREZ HERNANDEZ, I. C. Inteligencia Artificial (IA) aplicada a la Justicia. Derecho Y Realidad, v. 18, n. 35, p. 53”“80, 2020.

HOTTOIS, G. ¿El transhumanismo es un humanismo? Bogotá: Universidad del Bosque, 2016.

JONAS, H. El principio de responsabilidad. Ensayo de una ética para la civilización tecnológica. 1a Ed. 199 ed. [s.l.] Herder, 1995.

LATIL, A. En attendant la Déclaration de droits fondamentaux du numérique. Dalloz IP/IT, v. 11, p. 593”“598, 2020.

OECD. Going Digital in Colombia. Paris: [s.n.].

OECD. Recommendation of the Council on OECD Legal Instruments Artificial Intelligence -OECD/LEGAL/0449. Paris: OECD Publishing, 2020.

ONU. Resolución E/HLPF/2016/6 -Foro político de alto nivel sobre el desarrollo sostenible, Convocado bajo los auspicios del Consejo Económico y Social 11 a 20 de julio de 2016ONU, , 2016.

ONU. Resolución A/RES/71/256 -Nueva Agenda Urbana, Resolución aprobada por la Asamblea Generalel 23 de diciembre de 2016ONU, , 2017.

PEIXOTO, F. H. Projeto Victor: relato do desenvolvimento da Inteligência Artificial na Repercussão Geral do Supremo Tribunal Federal. Revista Brasileira de Inteligência Artificial e Direito, v. 1, n. 1, p. 1”“20, 2020.

PEÑA VALENZUELA, D. Promete Prometea! Inteligencia Artificial en la Corte Constitucional. Blog de los Negocios, mar. 2019.

RIVADENEIRA, J. C. Prometea, inteligencia artificial para la revisión de tutelas en la Corte Constitucional. Ambito-Jurídico (ed. Electrónica), mar. 2019.

RIVEROS, C. et al. Políticas públicas, brechas y alfabetización digital de la persona mayor. La realidad chilena mirada desde las comunas de Talca y San Joaquín. Revista de Direito, Estado e Telecomunicações, v. 12, n. 1, p. 137”“158, 2020.

RUIZ-VELASCO SÁNCHEZ, E. Inteligencia artificial: una utopía realizada Perfiles. Perfiles Educativos, v. 74, 1996.

STRECK, L. L. Jurisdição constitucional e decisão jurídica. 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Uso de algemas (RHC 102.962/MG).

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Relatório das atividades 2019. Brasília: [s.n.].

TERRONES RODRÃGUEZ, A. L. Inteligencia artificial y ética de la responsabilidad. Cuestiones de Filosofía, v. 4, n. 22, p. 141”“170, 2018.

WYNER, A. An Ontology in OWL for legal case-based reasoning. Artificial Intelligence and Law, v. 16, n. 4, p. 361”“387, 2008.

Publicado

2021-05-26

Como Citar

CALDERON-VALENCIA, Felipe; PEREZ-MONTOYA, Juan-Jose; DE MORAIS, Fausto Santos. SISTEMAS DE AI NA EXPERIÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL COLOMBIANO: ANÁLISE PROSPECTIVA. Revista de Direito, Estado e Telecomunicações, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 143–169, 2021. DOI: 10.26512/lstr.v13i1.35614. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/RDET/article/view/35614. Acesso em: 4 set. 2024.