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Éthiopiques vs EthioSonic

sobre a world music e a música globalizada

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Resumo

Neste artigo, descrevo como três décadas de relacionamento com a música da Etiópia e da Eritreia me ajudaram a compreender a pluralidade e a excelência das músicas africanas, cujas gravações de sua música moderna eram simplesmente inexistentes na Europa ou na América antes de 1986. Nesse ano surgiu a ideia de produzir uma série de gravações de música etíope, chamada éthiopiques, nas quais dezenas de artistas foram gravados e ganharam visibilidade. Curiosamente, desde 2003 em diante, não passou um único mês sem que recebêssemos demos ou gravações ao vivo de bandas interpretando música etíope de todos os lugares, da Europa, dos EUA, do Canadá, Brasil, Israel, Japão, Austrália. Dessa experiência surgiu a ideia do projeto ethioSonic. Esta situação testemunha o quão etnocêntrico pode ser o conceito de aculturação ou perda cultural, quando usado para relatar influências pop ocidentais sobre músicos africanos “modernos”, sem perceber músicos europeus, americanos ou japoneses que amam tanto as músicas da África que seus covers ou “composições originais” soam pura e simplesmente africanas

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Publicado

2019-12-25

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Como Citar

Falceto, Francis. 2019. “Éthiopiques Vs EthioSonic: Sobre a World Music E a Música Globalizada”. Música Em Contexto 13 (2):118-30. https://periodicos.unb.br/index.php/Musica/article/view/36946.

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Artigos