Autonomia em Política Externa Brasileira: o governo Geisel e o reconhecimento de Angola (1975)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20889/M47e24009

Palavras-chave:

Política Externa Brasileira, relações Brasil-Angola, pragmatismo, realismo

Resumo

Este artigo avaliará o reconhecimento de Angola pelo Brasil como símbolo de pragmatismo. A partir do binômio interno-externo, a política externa de Ernesto Geisel (1974-1979) será evidenciada por flexibilizar sua ideologia anticomunista, o que nos provocou a seguinte pergunta:  como a redução da ideologia na política externa pode beneficiar o interesse nacional? Demonstraremos com literatura especializada e discursos de atores-chave que redução ideológica possibilitou que o Brasil acessasse petróleo angolano.

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Biografia do Autor

Luciano da Rosa Muñoz, Universidade de Brasília (UnB) e Centro Universitário de Brasília (CEUB)

Doutor em Relações Internacionais (IREL/UnB). Professor de Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB) e no Centro Universitário de Brasília (CEUB).

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Publicado

2024-07-02

Como Citar

Gonçalves da Fonsêca, Felipe, e Luciano da Rosa Muñoz. 2024. “Autonomia Em Política Externa Brasileira: O Governo Geisel E O Reconhecimento De Angola (1975)”. Meridiano 47 - Journal of Global Studies 24 (julho). https://doi.org/10.20889/M47e24009.

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