Hilda Hilst: o corpo e o corpus na terceira margem
DOI :
https://doi.org/10.26512/cmd.v2i2.7503Résumé
Este artigo esboça alguns trajetos e estratégias mobilizadas pela escritora Hilda Hilst (1930-2004) para a inserção e o reconhecimento no campo literário brasileiro ao longo do século XX. Aproximando sua trajetória e sua expressão artística, observamos táticas que revelam a tensão entre o corpo feminino e o corpus da linguagem, percebendo, assim, como a autora acionou trunfos em busca de espaço e dicção própria muitas vezes pagando um preço alto por tentar a profissionalização em uma arena de poder marcadamente masculina.
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