O amor no âmago da aceleração – Noah

Autores

Palavras-chave:

sociologia, Noah, amor, tecnologia, aceleração

Resumo

Neste artigo, analisamos o curta-metragem canadense Noah (2013), dirigido por Patrick Cedeberg e Walter Woodman, de modo a discutir como está construída a ligação entre amor e tecnologia, que aparece manifesta na trama especialmente por conta do que emerge como sua questão mais pulsante, o tempo. Nesse sentido, procuramos caracterizar e problematizar o que denominamos como aceleração, noção oriunda de nossa percepção das construções fílmicas. Para tanto, debatemos elementos expressivos dessa produção audiovisual e procuramos delinear os valores do grupo social privilegiado pelo filme. Ao apontar como o vínculo
entre essas noções está construído, discutimos o impacto do desenvolvimento tecnológico sobre o amor na contemporaneidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nayara Baiochi, USP

Doutoranda em Sociologia pela Universidade de São Paulo e bolsista CAPES. Atua nas áreas de sociologia da arte, sociologia da cultura e sociologia da educação. Realizou estágio de pesquisa na École des hautes études en sciences sociales (Paris) com a pesquisadora Dra. Claudine Haroche. É mestre em Ciências Sociais e pesquisadora do Grupo de pesquisa Imagem, subjetividade e teoria social. Ademais, é psicopedagoga clínica e institucional e atua em consultório particular desde 2017.

Referências

Referências Bibliográficas:

ELIAS, Norbert. O Processo civilizador: formação do estado e civilização. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 1993, v. II.

FRANCASTEL, Pierre. A Realidade figurativa: elementos estruturais de sociologia da arte. São Paulo, EDUSP, 1973.

FRANKLIN, Benjamin apud WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

GALILEI, Galileu. Duas novas ciências. Trad. de L. Mariconda e P. R. Mariconda. São Paulo: Nova Stella, 1988 [1638].

GREGORY apud COHEN at all. De um memorando de David Gregory. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2002.

HAROCHE, Claudine. O sujeito diante da aceleração e da ilimitação contemporânea. Educ. Pesqui., São Paulo, Ahead of print, abr. 2015.

KRACAUER, Siegfried. “A viagem e a dança”. In: KRACAUER, Siegfried. O ornamento da massa. São Paulo: Cosac Naify, p. 81-9, 2009.

LOPES, Danielly. Jogo, Avatar e Identidade: quando a moda invade o videogame. COLOQUIO DE MODA, v. 8, 2012.

NEWTON, Sir Isaac. De Gravitatione et Aequipondio Fluidorum. Unpublished Scientific Papers of Isaac Newton. Cambridge: Cambridge University Press, 1978.

NEWTON, Sir Isaac. Principia: princípios matemáticos de filosofia natural. São Paulo: Edusp, v. 1, 2016.

PUDOVKIN, Vsevolod. “Métodos de tratamento do material (montagem estrutural)”. In XAVIER, Ismail (org.): A experiência do cinema. Rio de Janeiro, Graal, 1991.

SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito. Covilhã: LusoSofia, 2009 [1903].

SORLIN, Pierre. Sociologie du cinéma. Paris: Aubier, coll. historique, 1977.

WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

Filmografia

Brilho eterno de uma mente sem lembranças. EUA, 2004, 108 min. Dirigido por Michel Gondry.

Medianeras: Buenos Aires na era do amor virtual. Alemanha, Argentina e Espanha, 2011, 95 min. Dirigido por Gustavo Taretto.

Noah. Canadá, 2013, 18 min. Dirigido por Patrick Cedeberg e Walter Woodman.

Downloads

Publicado

2022-02-09

Como Citar

Baiochi, N. (2022). O amor no âmago da aceleração – Noah. Arquivos Do CMD, 8(2), 38–58. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/CMD/article/view/41884