Folcloristas como intérpretes da nacionalidade: notas etnográficas sobre o jongo no “espetáculo da brasilidade”
DOI:
https://doi.org/10.26512/cmd.v4i1.9159Palabras clave:
JOngo; Folcloristas; Narrativas Nacionais; Memória Social; Patrimônio Cultural.Resumen
Em 2005, o jongo ”“ expressão sócio-cultural marcada pelo desafio de palavras cantadas e pela dança, cujos referenciais histórico-culturais remontam à chegada de negros bantu no sudeste brasileiro ”“ foi reconhecido, oficialmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ”“ IPHAN, 'Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil'. A busca do entendimento acerca dos meandros que envolvem a questão da patrimonialização do jongo, nos remete a um recorte específico da temática da memória social: seu comprometimento com as narrativas nacionais. Para este artigo, problematiza-se a atuação dos folcloristas de meados do século XX, entendidos aqui como “intérpretes da nacionalidade” (cf. Vilhena, 1997). Constata-se que tal circulo de intelectuais teve papel decisivo no trabalho de inserir o jongo no cenário de uma pretensa “brasilidade” entendida como a essência da nação em sua mais fiel tradução.
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