MERCADOS SIMBÓLICOS NA ÓTICA DO CONSUMO

Autores

  • Frederico Augusto Barbosa da Silva Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
  • Mariella Pitombo Vieira Universidade Federal do Recôncavo Bahia

DOI:

https://doi.org/10.26512/cmd.v4i2.9063

Palavras-chave:

Consumo, mercados culturais, consumo cultural das famílias, política cultural, Vale-Cultura.

Resumo

O consumo é um dos componentes centrais dos mercados simbólicos e vem ocupando parcela expressiva no orçamento doméstico na maioria das sociedades ocidentais. O intuito deste artigo é apresentar alguns aspectos sobre as práticas de consumo como elemento dinamizador dos mercados de bens simbólicos. Para tanto, optou-se por estabelecer uma correlação entre o perfil do consumo cultural das famílias brasileiras a partir dos dados da Pesquisa sobre Orçamento das Famílias (POF) e as preferências de consumo delineadas a partir das práticas realizadas com o Vale-Cultura. Ao tomar o Vale-Cultura como uma política cultural que fomenta a demanda por bens culturais, os resultados do artigo apontam para os limites desta política cuja ênfase recai na aposta das preferências dos consumidores em detrimento de processos de formação de públicos (e de gosto) de alcance mais abrangente e duradouro.

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Biografia do Autor

Frederico Augusto Barbosa da Silva, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Professor de Políticas Públicas e Pensamento Social Brasileiro no Programa de Mestrado e Doutorado do Centro Universitário de Brasília (UNICEUB).

Mariella Pitombo Vieira, Universidade Federal do Recôncavo Bahia

 Professora Adjunta do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo Bahia (CECULT/ UFRB).

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Publicado

2017-04-17

Como Citar

Silva, F. A. B. da, & Vieira, M. P. (2017). MERCADOS SIMBÓLICOS NA ÓTICA DO CONSUMO. Arquivos Do CMD, 4(2), 53–72. https://doi.org/10.26512/cmd.v4i2.9063

Edição

Seção

Artigos de Dossiê