Ceará, lado moleque (as letras e a sociogênese do humor)
DOI:
https://doi.org/10.26512/cmd.v3i2.8891Palavras-chave:
Ceará moleque; sociogênese; literatura e humor; cultura e entretenimentoResumo
O artigo discute as definições de que se reveste o termo “Ceará moleque”, desde a literatura e movimentos intelectuais de fins do século XIX à crítica cultural dos anos 1930. A hipótese é de que as várias circunstâncias e disposições do termo descrevem uma sociogênese do humor cearense, formando o legado do que hoje se entende como produção cultural do entretenimento. Para tanto, começa pelo anedotário do poeta Paula Nei, sua prática literária e política no movimento abolicionista. Em seguida, acompanha as disposições gaiatas dos homens de letras nos grêmios literários, como a Padaria Espiritual, uma experiência mais informal e um tanto moderna avant la lettre. A leitura das obras de Oliveira Paiva e Adolfo Caminha nas quais o termo “Ceará moleque” é definido vem logo após, junto à s tentativas de explicação da cearensidade na crítica cultural dos anos trinta.
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