O MOVIMENTO ÉTNICO-SOCIOTERRITORIAL GUARANI E KAIOWA EM MATO GROSSO DO SUL ATUAÇÃO DO ESTADO, IMPASSES E DILEMAS PARA DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS

Conteúdo do artigo principal

Juliana Grasiéli Bueno MOTA
Levi Marques PEREIRA

Resumo

Os Guarani e Kaiowa diante de suas lutas pelo território se organizam enquanto movimento étnico-socioterritorial pela demarcação de seus territórios (PEREIRA, 2003). Ainda, diante destas lutas é possível dizer que formam um movimento socioterritorial, na perspectiva de que suas lutas tem o território como trunfo, em aproximação as colocações do geógrafo Bernardo Mançano Fernandes (2005; 2008). Deste modo, a luta por seus territórios se constituem em um movimento étnico-socioterritorial Guarani e Kaiowa.
Nestes movimentos de luta pelo território se configuram demandas reivindicatórias perante o Estado brasileiro, a partir de correlações de forças pelo poder do Estado, que na luta indígena por seus territórios se dá com o objetivo de transformar os territórios reivindicados sobre o domínio não indígena em Terras Indígenas6 cabendo ao Estado brasileiro demarcá-las7. No caso Guarani e Kaiowa, a luta pelo território se dá no contexto da necessidade de retomar os Tekoha, termo na língua guarani, a partir do qual definem os territórios de ocupação tradicional de suas comunidades.


*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
MOTA, J. G. B., & PEREIRA, L. M. (2024). O MOVIMENTO ÉTNICO-SOCIOTERRITORIAL GUARANI E KAIOWA EM MATO GROSSO DO SUL: ATUAÇÃO DO ESTADO, IMPASSES E DILEMAS PARA DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS. Boletim DATALUTA, 5(58). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/BD/article/view/54367
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Juliana Grasiéli Bueno MOTA, Universidade Estadual Paulista - UNESP

Doutoranda em Geografia na Universidade Estadual Paulista - UNESP/Presidente Prudente; Pesquisadora do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária – NERA.

Levi Marques PEREIRA, Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD

Docente nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e História – UFGD

Referências

APIB/CIMI/ANSEF. Organizações lançam manifesto contra Portaria 303 da AGU e denunciam cruzada de governo Dilma contra os povos indígenas. Disponível em: <http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6433&action=read>. Acesso em:10 ago. 2012.

ALMEIDA, Marco Antônio Delfino de. Retrocesso da política indigenista brasileira. (Entrevista para IHU/online). Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/512225-portaria-303-da-aguha-ai-uma-contradicao-logica-entrevista-especial-com-marco-antonio-delfino-de-almeida>. Acesso em: 09 ago. 2012.

BARBOSA DA SILVA, Alexandra. Mais além da “aldeia”: território e redes sociais entre os guarani de Mato Grosso do Sul. Tese (Doutorado em Antropologia) – PPGAS-MN, UFRJ, Rio de Janeiro, 2007.

BRAND, A. J. O confinamento e seu impacto sobre os Paì-Kaiowá. Porto Alegre. Dissertação (Mestrado em História) Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre, 1993.

BRAND, A. J. O impacto da perda da terra sobre a tradição kaiowá/guarani: os difíceis caminhos da palavra. Tese (doutorado em História) - PUC/RS, Porto Alegre, 1997.

BRASIL. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL/PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE DOURADOS/MS. Plantio de Cana-de-açúcar nas Proximidades de Dourados – MS. Nota ANTROPOLOGIA/MADA/Nº 007/2009. Procedimento Administrativo: 1.21.001.000139/2009-12). Dourados: MPF/Dourados, 2009.

BRASIL. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL/PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE DOURADOS/MS. Mato Grosso do Sul tem quase 4 milhões de hectares “fantasmas”. Disponível em: <http://www.prms.mpf.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2012/09/mato grosso-do-sul-tem-quase-4-milhoes-de-hectares-201cfantasmas201d>. Acesso em: 01 set. 2012.

L/PEC 215/2000. Proposta de Emenda Constitucional de nº 215, de 2000. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=14562>. Acesso em: 10 abr. 2012.

BUZATTO, Cleber César. PEC 215: as bancadas ruralista e evangélica contra os povos indígenas. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/508298-pec-215-as-bancadas-ruralista-e-evangelicacontra-os-povos-indigenas-entrevista-especial-com-cleber-cesar-buzatto>. Acesso em: 10 abr.2012.

CARMO, Roberto Luiz do; OLIVEIRA OJIMA, Andréa Leda Ramos de, OJIMA, Ricardo,NASCIMENTO, Thais Tartalha do. Água virtual: o Brasil como grande exportador de recursos. Disponível em: <ftp://ftp.sp.gov.br/ftpiea/congressos/cong-agua2-0106.pdf>. Acesso em: 12 set. 2012.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO – CIMI. As violências contra os povos indígenas em Mato Grosso do Sul: e as resistências do bem viver por uma terra sem males (dados 2003 - 2010). Mato Grosso do Sul: CIMI, 2011.

EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge; PEREIRA, Levi Marques. Ñande Ru Marangatu: laudo parcial sobre uma terra Kaiowa na fronteira do Brasil com o Paraguai em Mato Grosso do Sul. Dourados: UFGD, 2009.

FAMASUL. Famasul história. Disponível em: <http://www.famasul.com.br/famasul/historia>. Acesso em: 07 jun. 2010.

FERNANDES, Bernardo Mançano. Entrando nos territórios do Território. In: PAULINO, Eliane T.; FABRINI, João E. (Org.). Campesinato e territórios em disputa. São Paulo: Expressão Popular, 2008. p. 273-301.

FERNANDES, Bernardo Mançano. Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Revista Nera, Presidente Prudente: Unesp, ano 8, n. 6, p. 14-34, jan./jun., 2005.

FERNANDES, Bernardo Mançano. Questão agrária: conflitualidade e desenvolvimento territorial. Disponível em: <http://www4.fct.unesp.br/nera/arti.php>. Acesso em: 20 mai. 2009.

HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do fim dos territórios à multiterritorialidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

LIMA, Marcos Homero Ferreira; GUIMARÃES, Verônica Maria Bezerra (2011). Multicultural, mas esquizofrênico; a mão que afaga é a mesma que apedreja: o Estado e o estímulo ao desenvolvimento e seus impactos sobre as terras indígenas em Mato Grosso do Sul. In: CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO – CIMI. As violências contra os povos indígenas em Mato Grosso do Sul: e as resistências do bem viver por uma terra sem males (dados 2003 - 2010).

MOTA, Juliana Grasiéli Bueno. Territórios e territorialidades Guarani e Kaiowa: da territorialização precária na Reserva Indígena de Dourados à multiterritorialidade. Dissertação (Mestrado em Geografia) - UFGD, Dourados, 2011.

MOTA, Juliana Grasiéli Bueno. Mudanças socioterritoriais e territorialização precária Guarani e Kaiowa no estado de Mato Grosso do Sul. In: Anais. II Congresso Iberoamericano de Arqueologia, Enologia e Etno-história: Sociedades Tradicionais e Patrimônio Cultural em Iberoamérica. Dourados: UFGD, 2012. p. 01-17.

OLIVEIRA FILHO, João Pacheco de. Ensaios de Antropologia Histórica. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.

PEREIRA, Levi Marques. Assentamentos e formas organizacionais dos Kaiowá atuais: o caso dos “índios de corredor”. Revista Tellus, Campo Grande: UCDB, Ano 6, n. 10, p. 69-81, 2006.

PEREIRA, Levi Marques. Mobilidade e processos de territorializações entre os Kaiowá atuais. Revista História em Reflexão, Dourados: UFGD, vol. 1, 2007.

PEREIRA, Levi Marques. Imagens Kaiowá do sistema social e seu entorno. Tese (Doutorado em Antropologia) – FFLCH, USP, São Paulo, 2004.

PEREIRA, Levi Marques. O movimento étnico-social pela demarcação das terras guarani em MS. Revista Tellus, ano 3, n. 4, p. 137-145, abr. 2003.

PEREIRA, Levi Marques. Mensagem eletrônica. Dourados, fev. 2012.

SCHADEN, Egon. Aspectos Fundamentais da Cultura Guarani. (10 ed. 1954) 30. ed. São Paulo: EPU/EDUSP, 1974.

TAC/MPF/FUNAI – Termo de Ajustamento de Conduta. MPF/FUNAI, 2007. (Documento digitalizado).

THOMAZ JUNIOR, Antonio. O agrohidronegócio no centro das disputas territoriais e de classe no Brasil do século XXI. V.5, n.10. Campo Território: Uberlândia, 2010.

VILAS, Carlos M. Imperialismo, globalización, império: las tensiones contemporáneas entre la territorialidad del Estado y la desterritorialización del capital. Revista Política y Sociedad, v.41, n.3, p. 13-34, 2004.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)