O O DEBATE PARADIGMÁTICO NA GEOGRAFIA AGRÁRIA: DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS NA ABORDAGEM TERRITORIAL

Main Article Content

Fábio Luiz ZENERATTI

Abstract

Neste ensaio propomos uma reflexão sobre a categoria território em suas múltiplas dimensões e escalas, para tanto, o debate em torno da conflitualidade é inerente a este debate e será a partida e a chegada. No campo das disputas territoriais, o imaterial e o material serão conceitos aqui abordados, assim como o de Tipologia de Territórios.


As contribuições empíricas aqui apresentadas fazem parte da nossa vivência cotidiana e de diversos trabalhos de campo realizados no estado do Paraná desde o ano de 2010, atuando na tentativa de compreender a territorialização do cooperativismo camponês e do cooperativismo capitalista no estado, sobretudo como fruto de projetos distintos e disputas de classes, que evidentemente produzem territórios diversos.


Este trabalho foi construído a partir das discussões desenvolvidas durante a disciplina Teoria dos Territórios e da Questão Agrária, ministrada pelo professor Dr. Bernardo Mançano Fernandes na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), campus de Presidente Pudente/SP. E com ele esperamos contribuir, mesmo que modestamente, para a compreensão geográfica do território e suas contradições.


*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
ZENERATTI, F. L. (2014). O O DEBATE PARADIGMÁTICO NA GEOGRAFIA AGRÁRIA: : DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS NA ABORDAGEM TERRITORIAL. BOLETIM DATALUTA, 7(78). Retrieved from https://periodicos.unb.br/index.php/BD/article/view/53112
Section
Artigos
Author Biography

Fábio Luiz ZENERATTI, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutorando em Geografia pela UEL.

References

ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. 1990. Tese (Doutorado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade estadual de Campinas, Campinas, 1990.

CAMPOS, J. F. S; FERNANDES, B. M. O conceito de paradigma na geografia: limites, possibilidades e contribuições para a interpretação da geografia agrária. Campo-Território. v. 6, n. 11, p. 21-52, fev., 2011.

CHAYANOV, A. V. La organización de la unidad económica campesina. Buenos Aires: Nueva Visión, 1974.

DELEUSE, G; GUATTARI, F. O que é filosofia. São Paulo: Editora 34, 1992.

FABRINI, J. E. A resistência camponesa nos assentamentos de sem-terra. Cascave: Edunioeste, 2003.

FABRINI, J. E; MARCOS, V. Os camponeses e a práxis da produção coletiva. São Paulo: Expressão Popular, 2010.

FAJARDO, S. Estratégias e territorialidades das cooperativas agropecuárias e das empresas globais do setor agroindustrial no Paraná. 2007. 379f. Tese (Doutorado em Geografia) – UNESP Presidente Prudente, 2007.

FERNANDES, B. M. Construindo um estilo de pensamento na questão agrária: o debate paradigmático e o conhecimento geográfico. 2013. v. 1, 344f. Tese (Livre Docência) – UNESP Presidente Prudente, 2013.

______. Sobre a Tipologia de Territórios. In: SPOSITO, E.; SAQUET, M. (org.) Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular, 2009. p. 197-215.

______. Entrando nos territórios do território. In: PAULINO, E. T; FABRINI, J. E. Campesinato e territórios em disputa. São Paulo: Expressão Popular, 2008. p. 273-301.

______. Questão Agrária: conflitualidade e desenvolvimento territorial. In: BUAINAIN, A. M. (Editor). Luta pela Terra, Reforma Agrária e Gestão de Conflitos no Brasil. Campinas: Unicamp, 2007.

______. Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais. Revista NERA. n. 6, p. 14-34, 2005.

______. Movimento social como categoria geográfica. Terra Livre. n. 15, p.59-86, 2000.

______. MST, formação e territorialização. São Paulo: Hucitec, 1996. FLECK, L. Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.

HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. 4 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

KAUTSKY, K. A questão agrária. 3 ed. São Paulo: Proposta Editorial, 1980.

KUHN, T. A Estrutura das revoluções científicas. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.

LACOSTE, Y. A geografia: isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra. São Paulo: Papirus, 1988.

OLIVEIRA, A. U. Agricultura camponesa no Brasil. São Paulo: Contexto, 1991.

PEDON, N. R. Geografia e movimentos sociais: dos primeiros estudos à abordagem socioterritorial. São Paulo: Unesp, 2013.

RAFFESTIN, C. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática, 1993.

SANTOS. M. A natureza do Espaço. 4 ed. São Paulo: Edusp, 2008.

SAQUET, M. A. Abordagens e concepções de território. 3 ed. São Paulo: Outras Expressões,

SCHNEIDER, E. Teoria Econômica. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1962.

SCHNEIDER, J. E. O cooperativismo agrícola na dinâmica social do desenvolvimento periférico dependente. In: LOUREIRO, M.R. (Org.) Cooperativas agrícolas e capitalismo no Brasil. São Paulo: Cortez, 1981. p. 11-40.

SERRA, E. A participação do estado na formação e desenvolvimento das cooperativas agrícolas no Brasil. Campo-Território. v. 8, n. 16, p. 6-37, ago.2013.

ZENERATTI, F. L. O assentamento rural coletivo COPAVI: contradições e avanços no processo de territorialização camponesa. 2012. 158f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Geografia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012.