Assinatura e autoria em Budapeste, de Chico Buarque, e Divórcio, de Ricardo Lísias

Autores

  • Cristian Molina Universidad Nacional de Rosario

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40185011

Resumo

Neste artigo, trabalho a relação entre a assinatura e autoria nos romances Budapeste, de Chico Buarque, e Divórcio, de Ricardo Lísias. Explorarei o gesto da autoria como elemento à margem e inexpressivo, que se torna presente pelo uso das assinaturas de autor que as duas ficções fazem. Na de Lísias, como jogo de espelhos entre um ghostwriter que se torna reconhecido em um país estrangeiro, e em Chico Buarque, na medida em que a imagem de escritor cresce a partir da publicação do livro. Além disso, analisarei a versão cinematográfica de Walter Carvalho, Budapeste (2009), que redefine o mesmo jogo do romance, mas agora no cinema, abrindo uma área de autoria coletiva sobre a ficção. Em Divórcio, Ricardo Lísias escreve um jogo de correspondência entre a assinatura, o narrador e a personagem, mas a partir de uma desvalorização da imagem do autor que escreve. Essas duas formas permitem-me repensar o que significa ser um autor e ler algumas das condições da ficção brasileira do presente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACADÊMICOS divulgam carta a favor das biografias não autorizadas (2013). Folha de S. Paulo, São Paulo, Caderno Ilustrada, 11 nov. Disponible en: https://goo.gl/oyhvUo. Acceso en: 12 mayo 2016.

AGAMBEN, Giorgio (2006). El autor como gesto. In: AGAMBEN, Giorgio. Profanaciones. Traducción de Flavia Costa y Edgardo Castro. Buenos Aires: Adriana Hidalgo.

AZEVEDO, Luciene (2013). Ricardo Lísias: versões de autor. In: CHIARELLI, Stefania; DEALTRY, Giovanna; VIDAL, Paloma (Org.). O futuro pelo retrovisor: inquietudes da literatura brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Rocco.

BOURRIAUD, Nicolas (2008). Estética relacional. Traducción de Cecilia Beceyro y Sergio Delgado. Buenos Aires: Adriana Hidalgo.

BUARQUE, Chico (2003). Budapeste. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.

BUARQUE, Chico (2013). Penso eu. O Globo, Rio de Janeiro, 16 out. On-line. Disponible en: http://oglobo.globo.com/cultura/penso-eu-10376274. Acceso en: 12 mayo 2016.

BUDAPESTE (2009). Direção de Walter Carvalho. Roteiro de Rita Buzzar. São Paulo: Nexus Cinema e Video. (1h53min)

CONTRERAS, Sandra (2010). Sobre las literaturas del presente. In: ALBERTO, Giordano (Comp.). Los límites de la literatura. Rosario: EUNR.

DALCASTAGNÈ, Regina (2015). Representación y resistencia en la literatura brasileña contemporánea. Buenos Aires: Eudeba.

FERRÉZ (2001). Manifiesto de literatura marginal. Traducción de Lucía Tennina. Buenos Aires: Tinta Limón.

GARRAMUÑO, Florencia (2105). Mundos en común. Buenos Aires: FCE.

GARDIES, René (Comp.) (2014). Comprender el cine y las imágenes. Buenos Aires: La Marca.

JULLIER, Laurent ; LEVERATTO, Jean-Marc (2012). Cinéfilos y cinefilias. Buenos Aires: La Marca.

HAUSER, Arnold (1978). Historia social de la literatura y el arte. Traducción de A. Tovar y F. P Varas-Reyes. Barcelona: Guadarrama.

HOLLANDA, Heloísa Buarque de (2009). Marginais & marginais. Boletín Kaos, n. 9, São Paulo, p. 13-32, Dic.

LÃSIAS, Ricardo (2013). Divórcio. São Paulo: Alfaguara.

LÃSIAS, Ricardo (2013). Em Divórcio, o drama pessoal é ponto de partida para a ficção. Entrevista a Luciano Trigo. Blog Máquina de Escrever. On-line. Disponible en: https://goo.gl/PNy5Qy. Acceso en: 12 mayo 2016.

MAGDALENO, Renata (2014). O casamento entre a crítica e a ficção. Saga. Revista de Letras, Rosario, n. 1, p. 1-19.

MARTINS, Anna Faedrich (2014). Autoficções. Do conceito teórico à prática na literatura brasileira contemporânea. Tesis (Doutorado em Literatura) ”“ Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

SAER, Juan José (1991). El concepto de ficción. Punto de vista, Buenos Aires, año XIV, n. 40, p. 35-37, jul.-sept.

SANTOS, Georgiana Coelho (2012). Budapeste: a legitimação do romance no meio literário. Dissertação (Mestrado em Letras) ”“ Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

TOPUZIAN, Marcelo (2014). Muerte y resurrección del autor (1963-2005). Santa Fe: UNL.

Publicado

01/28/2017

Como Citar

Molina, C. (2017). Assinatura e autoria em Budapeste, de Chico Buarque, e Divórcio, de Ricardo Lísias. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (50), 172–186. https://doi.org/10.1590/2316-40185011

Edição

Seção

Seção Temática