A TRADUÇÃO FEMINISTA: TEORIAS E PRÁTICAS SUBVERSIVAS: NÍSIA FLORESTA E A ESCOLA DE TRADUÇÃO CANADENSE

Autores

  • Marie-France Dépêche Natalia Universidade de Brasília - UnB

Palavras-chave:

Tradução; Feministas; Tradutoras Canadenses; Fidelidad; Nisia Floresta.

Resumo

Uma tradição secular da tradução, desde a Hermenêutica até as concepções lingüísticas da metade do século passado, concebe a tarefa do/a tradutor/a como secundária, transparente a ponto de ser invisível. Assimila, então, esse "segundo texto" ao "segundo sexo," dele exigindo fidelidade ao "primeiro texto" dito "original" do autor omnipotente, damesma maneira que a mulher deve obediência e fidelidade ao "primeiro sexo", que se erige em paradigmo. À violência social do androcentrismo, corresponde à da lingua falogocêntrica. E isso que as subversões teórico-práticas das tradutoras feministas têm tentado solapar, tornando visível o feminino na língua e portanto no mundo. Para Nísia Floresta, no século XIX, trata-se de "manipular" textos panfletários feministas, assim realizando uma tradução "herética," mas de uma "infidelidade criativa," na melhor tradição clássica francesa das Belles infidèles. No palco dos anos 1970-90 no Quebec, as tradutoras canadenses, por sua vez, criaram estratégias "radicais" afim que a escrita feminina possa passar por um interpretação ginocêntrica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marie-France Dépêche Natalia, Universidade de Brasília - UnB

Professora da Universidade Brasília onde leciona Prática e teoria da Tradução há dez anos, no Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução. E mestra em Teoria da Literatura pela mesma Universidade e Doutoranda pela Université du Quebec à Montreal. Pesquisa tradução e teoria feminista, temas sobre os quais publicou vários artigos em revistas nacionais e internacionais, entre os quais: "Le pouvoir de la traduction au service du féminisme", in La recherche féministe dans la Francophonie, Annales du Colloque Internacional, Quebec, Septembre 1996, Editons de 1'Université Lavai , Quebec, Canadá, 1997.

Downloads

Publicado

2012-01-05

Como Citar

Dépêche Natalia, M.-F. (2012). A TRADUÇÃO FEMINISTA: TEORIAS E PRÁTICAS SUBVERSIVAS: NÍSIA FLORESTA E A ESCOLA DE TRADUÇÃO CANADENSE. T.E.X.T.O.S DE H.I.S.T.Ó.R.I.A. Revista Do Programa De Pós-graduação Em História Da UnB., 8(1-2), 157–188. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/textos/article/view/27807

Edição

Seção

Artigos