Quando os ecologistas incomodam: a desregulação ambiental pública no Brasil sob o signo do anti-ecologismo
DOI:
https://doi.org/10.18829/rp3.v0i12.26952Resumo
O objetivo do presente estudo é o de investigar o fenômeno que se constitui em torno das recentes e recorrentes narrativas no campo ambiental que alertam sobre o acúmulo de severos ‘retrocessos’, ‘derrotas’ ou ‘perdas’ na luta ambiental brasileira. Amparado na perspectiva ecopolítica e no Pensamento Ambiental Latino-americano, e fundamentado pela teoria althusseriana dos aparelhos ideológicos de estado; a análise de reportagens na mídia acerca dessas narrativas e dos projetos de lei implicados na matéria, efetuada de 2006 a 2017, evidenciou haver uma determinação comum que demarca um amplo, diversificado e complexo conjunto de práticas que envolvem a degradação ambiental não apenas com os conflitos socioambientais, mas também com o desmonte da gestão ambiental pública, a alteração de marcos regulatórios da legislação ambiental, a desqualificação do ethos ecologista ‘preservacionista’ e ‘crítico’, a violência simbólica e o assassinato de lideranças ambientais. Na raiz dessas situações aparentemente desconexas, mas que juntas implicam no recuo da regulação ambiental pública brasileira, está presente de forma hegemônica o novo signo da reconfiguração da luta socioambiental: o Anti-ecologismo.
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