MODELAGENS 2D E 3D PARA AVALIAÇÃO DE REATIVAÇÃO DE FALHAS GEOLOGICAS EM CAMPOS DE HIDROCARBONETO

Autores

  • Mario Alberto Ramirez PUCRJ
  • Roberto Quevedo Quispe PUCRJ
  • Deane Roehl PUCRJ

DOI:

https://doi.org/10.26512/ripe.v2i8.21754

Palavras-chave:

Reativação de falhas. Elementos de interface. Elementos finitos.

Resumo

Reservatórios de petróleo e gás estruturalmente compartimentados por falhas geológicas selantes são encontrados em diversas regiões do mundo. Durante a fase de produção, a integridade do selo destas falhas pode ser comprometida pelas deformações decorrentes dos processos de depleção e/ou injeção de fluidos. Estas deformações, em conjunto com as propriedades físicas e geométricas das rochas e falhas presentes, podem alterar significativamente o estado de tensão fazendo com que uma falha reative e se torne hidraulicamente condutora. A esse fenômeno estão associados riscos de exsudação, perda de integridade de poços e outros potencias problemas geomecânicos. Na literatura, diversas modelagens numéricas têm sido utilizadas a fim de caracterizar e prever os fenômenos de reativação e/ou abertura de falhas geológicas. A maior parte destas abordagens faz uso de modelos bidimensionais considerando seções críticas na hipótese de estado plano de deformação. Essas simplificações são adotadas a fim de evitar a complexidade geométrica e o alto custo computacional de uma modelagem tridimensional. No entanto, a configuração tridimensional dos planos de falha pode induzir a reativação em direção a zonas mais críticas do que aquelas contidas numa única seção. Neste trabalho apresenta-se uma metodologia para análise de reativação de falhas geológicas e discute-se a importância do uso dos modelos 3D na previsão do comportamento geomecânico de reservatórios compartimentados por falhas geológicas. Simulações numéricas considerando modelos 2D e 3D foram realizadas através de um simulador in-house baseado no método dos elementos finitos. Para a representação do meio continuo foram utilizados elementos quadrilaterais para o caso 2D, e elementos hexaédricos para o caso 3D. Para a representação das falhas geológicas foram utilizados elementos de interface de espessura nula segundo o critério de ruptura de Mohr-Coulomb. Da comparação dos resultados, constatam-se situações em que as análises 2D forneceram previsões de reativação e de abertura distintas daquelas obtidas com análises 3D. Particularmente em modelos com geometria irregular confirma-se a importância do emprego de modelo 3D.

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Publicado

2017-01-25

Como Citar

Ramirez, M. A., Quispe, R. Q., & Roehl, D. (2017). MODELAGENS 2D E 3D PARA AVALIAÇÃO DE REATIVAÇÃO DE FALHAS GEOLOGICAS EM CAMPOS DE HIDROCARBONETO. Revista Interdisciplinar De Pesquisa Em Engenharia, 2(8), 78–93. https://doi.org/10.26512/ripe.v2i8.21754