Componente hospitalar cirúrgico regional
análise comparativa entre programação, gastos e fluxos assistenciais
DOI:
https://doi.org/10.26512/rgs.v14i2.47070Palavras-chave:
Financiamento da Assistência à Saúde; , Gastos em Saúde; , Regionalização da Saúde; , Atenção à Saúde.Resumo
Objetiva-se descrever a programação, os gastos e os fluxos assistenciais do componente hospitalar cirúrgico da 12ª Região de Saúde do Estado de Pernambuco. Trata-se de estudo descritivo comparado a partir de dados secundários da Programação Pactuada e Integrada (PPI) de Atenção à Saúde de 2006 e a produção hospitalar do ano de 2019, referente aos encaminhamentos e recebimentos de procedimentos do grupo de cirurgias dos 10 municípios da 12ª Região de Saúde. Os resultados apontaram que a I Região de Saúde foi a grande recebedora, com destaque para Recife com 63,27% na programação e 79,46% na execução, apresentando as maiores médias de valores financeiros e, por consequência, o maior déficit acumulado em 90,7%. Referindo-se aos encaminhadores para municípios da 12ª Região de Saúde, observou-se que três municípios realizaram pactuações, mas não apresentaram registro de produção em 2019. Assim, a PPI se mostra um importante instrumento de marco regulatório loco-regional, porém, não reflete a expectativa de pactuação na execução no contexto prático e, por conseguinte, não garante efetivamente acesso aos diversos níveis de assistência componente hospitalar cirúrgico para região de saúde.
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Referências
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