Prevenção em saúde na prática médica:
da primária à quaternária
Palabras clave:
Políticas de saúde, EducaçãoResumen
Na Grécia antiga, berço da civilização ocidental, a prática médica baseava-se na promoção de estilos de vida saudáveis, particularmente da “dietética”, e considerava-se que os estados patológicos resultavam do desequilíbrio entre as causas das doenças e das forças curativas da natureza. A partir de então, com os avanços no campo da microbiologia, a possibilidade de interferir no curso das doenças transmissíveis consolidaram ao longo dos anos a doença como principal óbice médico, não o doente. Foi somente entre 1920 e 1950, nos EUA e no Canadá, que surgiu a Medicina Preventiva como reação à Medicina Curativa. PropoÌ‚s-se a transformação do ensino médico de modo que a prática deste profissional tivesse uma nova atitude nas relações com os órgãos de atenção à saúde. Foi o nascimento da epidemiologia dos fatores de risco, que usava a estatística para estabelecer relação de causalidade com as patologias. A medicina preventiva, uma vez objetivando melhorar - por vezes a qualquer custo - a saúde dos indivíduos, tem contribuído com a “epidemia de risco” (risk epidemic) e, consequentemente, com cascatas clínicas de cuidados excessivos em saúde, incluindo a exagerada medicalização e a aumentos da morbimortalidade das populações. Objetivos: revisão acerca dos conceitos de prevenção, da primária à quaternária, na literatura em saúde em língua portuguesa, suas motivações, definições, importância, abrangência e consequências. Métodos: revisão expositiva da produção bibliográfica em português acerca dos unitermos “conceito de prevenção em saúde”, “conceito de prevenção primária”, “conceito de prevenção secundária”, “conceito de prevenção terciária” e “conceito de prevenção quaternária” entre 1990 e 2013, na BIREME (Biblioteca Virtual da Saúde) estando nela compreendidas a LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Eletronic Library online-Brasil) e no Google Acadêmico. Conclusão: O fundamento da proposta preventivista pretendeu que o atuar médico fosse imbuído de novas atitudes, de uma relação mais próxima à s comunidades, aos serviços de saúde, à promoção e a proteção da saúde do indivíduo e de sua família. Nos países desenvolvidos (mas também, provavelmente, naqueles em desenvolvimento), haverá no século 21 as populações mais saudáveis e longevas da história da humanidade, entretanto insatisfeitas pela contradição entre a oferta de atividades sanitárias e as demandas por saúde. As intervenções sanitárias “quase febris” causarão elevada morbimortalidade, no entanto com benefícios sanitários mínimos.
Descargas
Descargas
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Declaro que el presente artículo es original y que no ha sido sometido a publicación en ninguna otra revista, ya sea nacional o internacional, ni en parte ni en su totalidad. Declaro, además, que una vez publicado en la Revista Gestión & Salud, editada por la Universidad de Brasilia, el mismo no será sometido por mí ni por ninguno de los demás coautores a ningún otro medio de divulgación científica.
Por medio de este instrumento, en mi nombre y en nombre de los demás coautores, si los hubiere, cedo los derechos de autor del referido artículo a la Revista Gestión & Salud y declaro estar consciente de que el incumplimiento de este compromiso someterá al infractor a las sanciones y penas previstas en la Ley de Protección de Derechos de Autor (Nº 9609, del 19/02/98).
Revista Eletrônica Gestão & Saúde está licenciado com uma Licença