Ações Afirmativas e posicionalidades
de quem é essa luta?
Palavras-chave:
Negras Antropologias, Raça, Posicionalidade, CotasResumo
Esta conferência foi proferida pelo antropólogo negro Paíque Duques Santarém no V Negras Antropologias, evento organizado pelo Coletivo Zora Hurston no dia 21 de outubro de 2021. Santarém faz uma análise sobre o processo de institucionalização da política de cotas na Universidade de Brasília (UnB) a partir de uma leitura, que é também experiencial, das mobilizações políticas de coletivos negros que se organizaram para que as ações armativas fossem adotadas na UnB e o quanto esse longo processo, até hoje, revela uma “condição agônica” dos negros e negras na universidade. As lutas de negros e negras se constroem, historicamente, num movimento que exige dessas pessoas: dirigir lutas e renovar epistemologias, bem como, cuidar de si e das outras para não adoecerem. Trata-se de uma tripla jornada: acadêmica, prossional e comunitária. Considera, ainda, os avanços que forjaram uma melhor situação atualmente, atentando à necessidade de não só manter as políticas de cotas, mas também ampliar seu alcance até que não só a universidade venha a mudar, mas também a sociedade. Para a efetivação dessas mudanças, o povo negro forjou tecnologias de resistência e transformação que possibilitaram a construção coletiva ainda em curso. A conferência teve, também, a presença da professora Luciana de Oliveira Dias (FCS/UFG) e Wanderson Flor do Nascimento, o Uã (IH e FIL/UnB).
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