Poéticas diacríticas: a moda afro-crioula na iconografia do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v7i2.46822Palavras-chave:
Poéticas vestimentares. Composição da aparência negra. Moda afro-crioula.Resumo
No Brasil do século XIX, vestimentas negras femininas assinalaram formas diacríticas de aparição, culminando em (re)elaborações estéticas que vislumbram possibilidades comunicativas, criativas e identificatórias dos modos negros de se vestir. Tais vestimentas, comumente utilizadas por negras africanas e crioulas, reivindicam uma poética singular, figurada em visualidades proeminentes e na expressividade com que a mulher negra foi retratada na iconografia oitocentista.
Downloads
Referências
BARNARD, Malcolm. Moda e Comunicação. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
CIDREIRA, Renata Pitombo. Os Sentidos da Moda. São Paulo: Annablume, 2005.
_______________________. “A Moda como Modo de Vida”. Revista Dobras, v.3, p. 56-61, 2009.
_______________________. As Formas da Moda: comportamento, estilo e artisticidade. São Paulo: Annablume, 2013.
BARTH, Fredrik. “Grupos Étnicos e suas Fronteiras”. In: POUTIGNAT, Philippe e STRIFF-FENART, Jocelyne. Teorias da Etnicidade. Seguido de Grupos Étnicos e suas fronteiras de Fredrik Bath; tradução de Elcio Fernandes. São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 1998.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
IPAC. Pano da Costa. Cadernos do IPAC, 1. Governo do Estado da Bahia – Secretaria de Cultura. Salvador: Fundação Pedro Calmon, 2009.
LODY, Raul. Joias do Axé: fios de contas e outros adornos do corpo: a joalheria afro-brasileira. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
MAFFESOLI, Michel. No Fundo das Aparências: por uma ética da estética. Petrópolis: Vozes, 1996.
McLUHAN, Marshall. “Vestuário: extensão de nossa pele”. In: Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. Tradução de Décio Pignatari. São Paulo: Cultrix, 1964, p. 140-143.
MONTEIRO; Aline Oliveira Temerloglou. Para Além do “Traje de Crioula”: um estudo sobre materialidade e visualidade em saias estampadas da Bahia oitocentista. 190 f. Dissertação (Mestrado em Cultura Visual). Faculdade de Artes Visuais, Universidade Federal de Goiás, Goiás, 2012.
PAREYSON, Luigi. Os Problemas da Estética. Tradução e Maria Helena Nery Garcez. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
ROCHE, Daniel. A Cultura das Aparências: Uma história da indumentária (Séculos XVII – XVIII). São Paulo: SENAC, 2007.
SILVA, Simone Trindade Vicente da. Referencialidade e Representação: um resgate do modo de construção de sentido nas pencas de balangandãs. 232 f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais). Escola de Artes Visuais, Universidade Federal de Bahia, Bahia, 2005.
SOARES, Cecília Moraes. As Ganhadeiras: mulher e resistência negra em Salvador no século XIX. In: Revista Afro-Ásia. Salvador: CEAO/UFBA, 1996. p.57-71.
TAVARES, Luís Henrique Dias. A Independência do Brasil na Bahia. Brasília: Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, INL, 1977.
VERÓN, Eliseo. “Teoria Da Midiatização: uma perspectiva semioantropológica e algumas de suas consequências”. Matrizes: Universidade de São Paulo - São Paulo, Brasil, vol. 8, núm. 1, janeiro-junho, 2014, p. 13-19.
WETHERELL, James. Brasil: Apontamentos sobre a Bahia (1842 – 1857). Salvador : Ed. do Banco da Bahia, 1972.
WILLIAMS, Raymond. Cultura. Trad. Lólio Lourenço de Oliveira. 2 ed, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Calundu
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution ( https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ ) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o encerramento do processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.