E a Jurema se Abriu Toda em Flor: práticas e discursos para a efetivação de direitos humanos na Jurema do Ilè Asé Orisalá Talabí

Autores

  • Ciani Sueli das Neves FOCCA/UNICAP

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v3i2.27477

Palavras-chave:

Jurema. Racismo. Direitos Humanos.

Resumo

A história da sociedade brasileira se confunde com a história das religiões de matriz afro-indígena, uma vez que esta está intrinsecamente ligada ao sequestro dos povos africanos que para cá foram trazidos quando do tráfico negreiro e também da expropriação e massacre desferidos contra os povos indígenas. Nesse âmbito, se constituiu uma relação diaspórica pautada na violência racial, a qual se deparou até os dias atuais com as estratégias de resistência do povo de terreiro como forma de dar continuidade à sua existência nestas terras.  Assim, a Jurema surge como religião e passa a intervir na forma de compreensão do mundo dos sujeitos de modo a contribuir com a transcendência de uma forma reducionista de ver o mundo, passando para a compreensão de um fazer baseado nos princípios e valores que viabilizem um mundo pautado nos ideais éticos, epistemológicos e políticos provenientes dos princípios civilizatórios dos povos que a constituem e vivenciam como experiência religiosa e civilizatória.

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Publicado

2019-12-30

Como Citar

das Neves, C. S. (2019). E a Jurema se Abriu Toda em Flor: práticas e discursos para a efetivação de direitos humanos na Jurema do Ilè Asé Orisalá Talabí. Revista Calundu, 3(2), 22. https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v3i2.27477

Edição

Seção

Artigos acadêmicos