A Belle Époque vista da cama

o business das demi-mondaines

Autores/as

  • Carole Wrona École Supérieur de Réalisation Audiovisuelle, Paris - França

Palabras clave:

Belle Époque. Demi-mondaine, Paris. Prazer. Poetisa. Mulher de teatro

Resumen

Na Paris dos Grandes Bulevares, burgueses e aristocratas vivem os últimos instantes de um parêntese dourado, sinônimo de relativa paz e prosperidade econômica: a Belle Époque. Se a mulher é celebrada nas artes, ela não deixa de ser denegrida ou relegada ao papel de acessório na sociedade. No entanto, um dos paradoxos desse período está na celebração de uma categoria de "moças" pouco frequentáveis: as demi-mondaines.

Elas se exibem com homens casados e muito ricos que as sustentam. Elas não lutam pela independência das mulheres e têm desprezo pelas sufragistas. Entretanto, oferecem um modelo pioneiro de emancipação sexual. Caroline Otero, Liane de Pougy e Émilienne d’Alençon são as "Três graças da Belle Époque". A Belle Otero é uma Carmen sombria, Liane de Pougy, uma sereia fatal, e Émilienne d’Alençon, uma engraçadinha, por meio de quem o humor acontece. A carreira dessas demi-mondaines, romancistas e poetisas nas horas vagas, destaca a crueldade, a futilidade, a hipocrisia daquela época em relação às mulheres, provocando reflexões sobre a nossa.

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Publicado

2017-08-25

Cómo citar

Wrona, C. (2017). A Belle Époque vista da cama: o business das demi-mondaines. Revista XIX, 1(4), 236–259. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaXIX/article/view/21811