A DIALÉTICA EXISTENCIAL-RELIGIOSA DA REPETIÇÃO: ASPECTOS REFERIDOS A ARISTÓTELES E HEGEL
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842021e38740Palavras-chave:
Repetição, Existência, Kierkegaard, Movimento, MediaçãoResumo
Em A repetição, obra de autoria do pensador dinamarquês Søren Aabye Kierkegaard, o conceito de repetição é apresentado em sua negatividade. Estética, ironia e recordação, na experiência do autor pseudônimo Constantin Constantius, assim como poética, melancolia e culpa, no drama do jovem personagem, levam à conclusão de que a esfera religiosa da vida seria, de fato, o âmbito de ocorrência da repetição. A obra, contudo, termina sem elucidar como se daria a presença de tal fenômeno, que deveria ocorrer, nas palavras do próprio Constantius, pela irrupção do religioso. Com o objetivo de estabelecer bases para a compreensão da dialética que envolve a repetição, serão apresentados aspectos de sua relação com a filosofia de Aristóteles e Hegel. A análise dessas linhas de pensamento, em seu confronto com o conceito em questão, permite concluir que a repetição baseia-se no interesse do indivíduo e afirma o temporal e o eterno, em uma dialética que remete à transcendência enquanto relação existencial-religiosa.
Carlos Eduardo Cavalcanti Alves
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2205-6991
Doutorando em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora, linha de pesquisa Filosofia da Religião, pesquisando sobre o conceito de repetição em Kierkegaard.
Mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com pesquisa sobre fé e existência na obra Temor e tremor (2016).
Teólogo com pós-graduação em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo, com trabalho de conclusão de curso sobre a cristologia do teólogo francês Oscar Cullmann (2001).
Administrador com MBA em Gestão Financeira (2012).
Consultor empresarial no Sebrae São Paulo.
E-mail: c.eduardocavalcanti@gmail.com
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