O Ego Amans Entre a Virada Teológica e a Filosofia da Religião

Autores

  • GERMÁN VARGAS GUILLÉN Universidad Pedagógica Nacional de Colombia

Palavras-chave:

ego amans, individuação, virada teológica, tecnologia, religião, fenomenologia. Edmund Husserl, Gilbert Simondon, Jean-Luc Marion

Resumo

 O ego amans é que opera a redução erótica.
Es ta impl ica o t râns i to da subjet ividade
transcendental e seu estudo genético, que desemboca
na crise para a individuação como experiência
amorosa que parte de e retorna para a comunidade.
Essa virada, em essência teológica, é a maneira de
enfrentar a positivização do mundo da vida no
contexto das sociedades pós-industriais e póscapitalistas.
Na primeira parte do artigo, examina-se a
passagem do ego cogito para o ego amans; a
fenomenologia do ego amans; e o ego amans como
superação do positivismo. Contudo, sempre se corre o
risco de que o amor se converta em uma menção vazia
de conteúdo. Como, então, procurar a vigilância
crítica sobre a validade das asserções às quais dá lugar
sua enunciação? Redução indica a operação pela qual
o vivido se torna esfera de propriedade, é ver como se
efetua a encarnação do amor como processo de
individuação. Esta encarnação que individua acontece
na dialética entre eros e ágape; esta dialética dá lugar
a um projeto de formação da individuação da carne.
Assim, a redução erótica exige a volta em e pela
experiência pessoal do Deus do amor, seja como eros,
seja como ágape. Esses são dois pólos da experiência
do ego amans em sua constituição de sentido de si
mesmo e dos valores de comunidade e de cultura. É
possível pensar em toda essa operação em que se
instala o ego amans sem recorrer a um mundo da vida
que se nos dá tanto técnica quanto tecnologicamente?
A hipótese que se sustenta é de que a religião
enquanto religação exige a volta ao si mesmo na
concreção de seus processos de individuação. É, então,
o indivíduo que, ao saber dizer sim ou saber dizer não Ã  técnica e à tecnologia acha sua serenidade; e a acha,
precisamente, porque descobre a aesthesis como
forma de voltar a criar e projetar um sentido de vida
em um mundo tecnologizado que se faz cruel e se
desumaniza em relações mecânicas, incluindo as
operações comerciais e financeiras. Daí, então, que a
experiência individuante do ego amans consista, hic et
nunc, em exibir a tecnicidade como reencantamento do
mundo. Que fica para o ego amans como esfera de
extensão de sua individuação? Em suma, a tripla
relação: liberdade, mal, Deus.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Fink, Eugen. (2003). «La filosofía fenomenológica de Edmund Husserl ante la Crítica
Contemporánea». Traducción de Raúl Velozo Farías. En: Acta fenomenológica
latinoamericana. Volumen I, Lima, Pontificia Universidad Católica del Perú; pp. 361-428.
Husserl, Edmund. (1961). Phänomenologische Psychologie. Vorlesungen Sommersemmester
1925. Den Haag, Martinus Nijhoff. (Hua. IX).
Husserl, Edmund. (1962). Die Krisis der europaischen Wissenschaften und die transzendentale
Phänomenologie. Ergazungsband. Texte aus dem Nachlass 1934-1937. Den Haag, Martinus
Nijhoff. (Hua. VI).
Husserl, Edmund. (2008). La crisis de las ciencias europeas y la fenomenología trascendental.
Bs. As., Prometeo; trad. Julia V. Iribarne.
Levinas, Emmanuel. (1977). Totalidad e infinito. Ensayo sobre la exterioridad. Salamanca,
Sígueme; trad. Daniel E. Guillot.
Marion, Jean-Luc. (2005). El fenómeno erótico. Bs. As., El Cuenco de Plata; trad. Silvia Mattoni.
Merino, J. Antonio. (1982) Humanismo y franciscanismo. Franciscanismo y mundo actual.
Madrid, Eds. Cristiandad.
Nenon, Thomas. (2011). La fenomenología como ciencia falible. En: Revista Co-herencia. Vol.
8, No 15 Julio - Diciembre 2011, pp. 45-67. Medellín, Colombia; trad. G. Vargas Guillén.
Rodríguez Latorre, Francisco. «Encuentros con Ensayitos. ”“Cuando Ensayitos habla de
argumentación y ciencia empezamos a encontrarnos». En: Ensayitos, en debate. Alcances y
limitaciones del método analítico. Bogotá, Universidad Pedagógica Nacional, 2013, p. 173.
Simondon, Gilbert. (2009). La individuación. A la luz de las nociones de forma e información.
Buenos Aires: Ediciones La Cebra y Editorial Cactus; trad. Pablo Ires.
Simondon, Gilbert. El modo de existencia de los objetos técnicos. Bs.As., Prometeo, 2007; trad.
Margarita Martínez y Pablo Rodríguez.
Vargas Guillén, Germán & Gil Congote, Lina Marcela. (2013b). Universidad e individuación.
”“Fenomenología de la individuación y de la formación como transducción de información”“.
Bogotá, Universidad Pedagógica Nacional ”“Doctorado Interinstitucional en Educación;
Cátedra Doctoral Educación y Pedagogía: Pensar la universidad. En prensa, 2013).
Vargas Guillén, Germán & Gil Congote, Lina. (2013a). La región de lo espiritual. ”“Individuo,
individuación. Bogotá, Universidad Pedagógica Nacional (Doctorado Interinstitucional en
Educación; Seminario doctoral: La región de lo espiritual. En prensa, 2013).
Vargas Guillén, Germán & Reeder, Harry P. (2009). Ser y sentido. Bogotá, San Pablo.
Vargas Guillén, Germán. (2012a). Fenomenología, formación y mundo de la vida.
Saarbrücken, EAE.
Vargas Guillén, Germán. (2012b). La fenomenología de lo invisible: el problema del método. En:
'Odos; No. 2, Julio”“Diciembre; pp. 86 á 99.

Downloads

Publicado

2018-09-14

Como Citar

GUILLÉN, G. V. (2018). O Ego Amans Entre a Virada Teológica e a Filosofia da Religião. Revista Brasileira De Filosofia Da Religião, 1(1), 37–57. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/rbfr/article/view/13021

Edição

Seção

Artigos (temática geral)