CONSCIÊNCIA COMO PRÉ-REQUISITO PARA CIÊNCIA E RELIGIÃO
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842017e11148Palavras-chave:
Naturalismo; teismo; consciência; Daniel Dennett; Jaegwon Kim; John Searle; Wesley Wildman; Herman Philipse.Resumo
Filosoficamente, a principal preocupação hoje é a de como conciliar a compreensão de senso comum de nós mesmos como agentes intencionais, conscientes, com uma visão naturalista do cosmos, segundo o qual o cosmos é não-teleológico, não-intencional, e consistindo de processos não mentais. Uma estratégia, para os naturalistas, tem sido negar a compreensão de nós mesmos própria do senso comum. Neste ensaio, a realidade da consciência, da intencionalidade, é afirmada como sendo mais certa do que a existência e a natureza dos objetos e eventos físicos independentes da mente. Os filósofos, que em nome da ciência, procuram eliminar a consciência não percebem que não pode haver ciência sem cientistas, seres conscientes e intencionais. O reconhecimento da primazia da consciência bloqueia uma estratégia naturalista, levando-nos a considerar explicações não-naturalistas como o teísmo e como algumas das objeções ao teísmo podem ser combatidas, uma vez reconhecida a robusta realidade da consciência.
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Referências
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