Uso de novas tecnologias de informação nos cursos de Biblioteconomia da Região Sul do Brasil
Palavras-chave:
Tecnologias da informação e comunicação. Biblioteconomia. Educação. Automação de bibliotecas. Sistemas de informação. Programas de curso. Bibliotecários. Professores. Profissinais de informação. Formação profissional. Treinamento.Resumo
A partir da ênfase no uso cada vez maior das tecnologias de informação pela sociedade como um todo, da influência destas tecnologias nas bibliotecas, serviços e sistemas de informação, e no papel desempenhado pelo profissional da informação neste contexto, salienta a responsabilidade dos cursos de Biblioteconomia e Ciência da Informação no enfrentamento deste problema que se apresenta como um desafio para as escolas. Busca identificar quais as disciplinas, nos seis cursos de Biblioteconomia da Região Sul, estão inserindo em seus conteúdos programáticos as novas tecnologias de informação, qual o enfoque dado no desenvolvimento deste conteúdo, qual a infraestrutura das escolas para viabilizar o ensino dessas tecnologias e como as escolas têm se preocupado com a atualização e treinamento de seus docentes. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre o assunto onde enfatiza muito mais uma mudança de abordagem do conteúdo das disciplinas já existentes nos currículos plenos das escolas e o papel do profissional da informação, do que uma alteração curricular propriamente dita. Analisa os dados coletados através de questionários/formulários de coleta, bem como através de dados sobre as escolas disponíveis na literatura. Caracteriza as escolas estudadas em termos de data de criação, regime acadêmico, turno, carga horária e vagas ofertadas; número de docentes com titulação, capacitação e regime de trabalho; infraestrutura dos cursos; disciplinas que inserem tecnologias de informação em seus conteúdos programáticos e a existência de programas de educação continuada. Conclui que há uma homogeneidade entre os cursos da Região Sul, onde nenhum deles pode ser destacado com uma ou outra metodologia específica. Grande parte das escolas não conta com infraestrutura adequada e com pessoal devidamente preparado para o enfrentamento desse desafio com maior competência. Ao contrário, pode-se constatar que estes cursos são ainda bastante tradicionais no enfoque e no tratamento disciplinas face às novas tecnologias e pouco preocupados com a educação continuada de seus docentes e egressos. Finalmente, recomenda ações no sentido de melhorar a infraestrutura dos laboratórios para o ensino, de prover programas sistemáticos de educação continuada, de desenvolver projetos de pesquisa e de extensão na área, visando maior exploração do uso das tecnologias de informação nos cursos como um todo, e ainda, que estas ações se desenvolvam em equipes inter e multidisciplinares.
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