Contra os dogmáticos
uma opinião cética sobre as bibliotecas
Mots-clés :
Bibliotecas. Gestão de bibliotecas. Seleção de documentos. Aquisição de documentos. Desenvolvimento de coleções. Bibliotecários.Résumé
Medo e ódio da palavra, e, por extensão, dos livros e das bibliotecas, são paixões das quais os filósofos, professores e bibliotecários não estão totalmente isentos. McLuhan nada mais é do que um exemplo recente do homem culto que despreza os livros. O próprio Platão era abertamente hostil à liberdade intelectual. Os filósofos não são, necessariamente, os melhores aliados dos bibliotecários, e os filósofos dogmáticos são, provavelmente, seus piores inimigos. O filósofo espanhol José Ortega y Gasset, em seu famoso discurso "A Missão do Bibliotecário", defende para o bibliotecário a função de polícia do livro, porém a missão do bibliotecário consiste, fundamentalmente, em criar bibliotecas. O bibliotecário precisa da fórmula cética - “a suspensão de julgamento” - a fim de se orientar em sua missão profissional. Um universo repleto de problemas exige bibliotecas repletas de problemas que contenham muitos livros que talvez sejam ofensivos. A filosofia do ceticismo pode justificar a posição do bibliotecário quando alguém se sentir ofendido.
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(c) Tous droits réservés Revista de Biblioteconomia de Brasília 1974
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