Revisitando o Principialismo: aplicações e insuficiências na abordagem dos problemas bioéticos nacionais

Autores

  • Aluisio Serodio Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v4i1-2.7875

Palavras-chave:

Principialismo. Educação. Bioética. Justiça.

Resumo

O artigo apresenta as mais freqüentes críticas articuladas nas teorias bioéticas brasileiras contra a importação de teorias estrangeiras, quase sempre dirigidas ao “Paradigma Principialista”. Busca mostrar o Principialismo não como paradigma da Bioética, mas descrevê-lo como ferramenta educativa, analisando aspectos positivos e negativos de sua utilização. Discute o Principialismo, apontando que não é um paradigma, nem sequer uma teoria moral geral, mas uma ferramenta que fornece estrutura para identificar e refletir sobre problemas morais. Aponta que dificuldade do Principialismo com os problemas de saúde pública advém da complexidade na especificação do princípio da Justiça e da abordagem, antes política que ética, que o enfrentamento de tais problemas exige. Considera que a ferramenta principialista utiliza conceitos cuja apreensão é relativamente simples, sendo apropriada para a discussão de casos reais, especialmente quando conduzida por não especialistas.

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Biografia do Autor

Aluisio Serodio, Universidade Federal de São Paulo

Escola Paulista de Medicina (UNIFESP- EPM), São Paulo, Brasil.

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Como Citar

Serodio, A. (2008). Revisitando o Principialismo: aplicações e insuficiências na abordagem dos problemas bioéticos nacionais. Revista Brasileira De Bioética, 4(1-2), 69–79. https://doi.org/10.26512/rbb.v4i1-2.7875

Edição

Seção

Artigos de Atualização