Concepções de ética por farmacêuticos de uma rede municipal de Atenção Básica à Saúde: entre o dito e o não dito.
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v12i0.7673Palavras-chave:
Assistência farmacêutica. Atenção básica à saúde. Bioética. Ética farmacêutica. Saúde coletiva.Resumo
Trata-se de pesquisa qualitativa que objetivou analisar as concepções sobre ética de um grupo de farmacêuticos atuantes no âmbito da Atenção Básica à Saúde em um município do Sul do País. Foram entrevistados 19 profissionais com auxílio de um roteiro semiestruturado. As entrevistas foram transcritas e os dados analisados por meio da técnica de Análise Temática de Conteúdo. Observou-se que a maioria dos participantes demonstrou algum grau de dificuldade para expressar sua compreensão sobre ética. Ainda assim, a análise revelou diferentes conceitos e fundamentações, com predomínio de uma concepção deontológica. As deficiências na formação profissional, especialmente na graduação, onde a chamada “ética profissional” ainda é o paradigma hegemônico, são apontadas como um importante nó crítico a ser superado. As limitações e distorções na compreensão da ética podem contribuir para falhas na competência de identificar, descrever e explicar os problemas éticos que se apresentam no cotidiano em saúde e, consequentemente, na habiliade de lidar com os mesmos.