O papel da bioética no enfrentamento do racismo
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v12i0.7666Palavras-chave:
Bioética. Racismo. Raça. Colonialidade. Modernidade.Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar reflexões sobre o racismo, trazê-lo para os dias atuais e pensar, por meio da bioética, formas de torná-lo visível, de compreendê-lo e enfrentá-lo. Metodologicamente, foram apresentadas, inicialmente, reflexões sobre o racismo e a raça, a partir da perspectiva histórica levantada pelo autor camaronês Achille Mbembe; posteriormente, com base em revisão bibliográfica de artigos produzidos em universidades norte-americanas, travou-se discussão sobre a presença do racismo na agenda bioética e se estaria esta preparada para enfrentar a questão; por fim, abordou-se a posição da bioética latino-americana relativamente ao tema do racismo e sua preocupação com as questões sociais persistentes. Concluiu-se que a bioética deve, sim, enfatizar o debate sobre o tema do racismo, as operações de poder, hierarquização e seus impactos nos dias atuais, de modo a continuar atuando de forma verdadeiramente crítica no combate nas inequidades.